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Tipo do documento: Dissertação
Título: Representações sociais sobre ser homem e seus cuidados em saúde mental na perspectiva de universitários
Título(s) alternativo(s): Social representations about being a man and their mental health care from the perspective of university students
Autor: Sá, Anderson Alexandre de Araújo 
Primeiro orientador: Camêlo, Edwirde Luiz Silva
Primeiro membro da banca: Silva, Edil Ferreira da
Segundo membro da banca: Melo, Romulo Lustosa Pimenteira de
Resumo: Este estudo, realizado no Centro Universitário Santa Maria em Cajazeiras–PB, teve como objetivo geral compreender as representações sociais (RS) sobre ser homem, saúde mental dos homens e seus cuidados em saúde mental, entre estudantes universitários masculinos. Os objetivos específicos incluíram a caracterização dos participantes segundo variáveis sociodemográficas, descrever os elementos centrais e periféricos das RS em torno dessas temáticas, além de analisar a sua estrutura semântica. A pesquisa adotou uma abordagem mista, básica e convergente, envolvendo 127 homens-cis. Foram utilizados o Questionário Sociodemográfico, a Escala de Concepções da Masculinidade (ECM), o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP), e rodas de conversa. Os dados sociodemográficos e da ECM foram processados no software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), usando estatística descritiva para caracterizar os participantes e realizar 12 testes T de Student, abrangendo variáveis como orientação sexual, cor/etnia, situação de trabalho e renda familiar. Os dados do TALP foram analisados pelo software Ensemble de Programmes Permettant l’Analyse des Évocations (EVOC) para identificar a frequência e a ordem das evocações, destacando elementos centrais e periféricos das RS. A amostra foi composta majoritariamente por estudantes de cursos da área da saúde, predominantemente heterossexuais, pardos, solteiros, sem filhos, trabalhadores, e com renda individual de até dois salários mínimos. Em relação à religião, a maioria era católica. Os resultados quantitativos revelaram diferenças significativas nas concepções de masculinidade entre heterossexuais e membros da comunidade LGBTQIA+. Os heterossexuais apresentaram níveis mais altos em todos os fatores de concepções da masculinidade. Diferenças significativas também foram observadas no fator de restrição emocional entre trabalhadores e não trabalhadores. Por outro lado, não se identificaram diferenças notáveis com base em raça/cor e renda familiar em aspectos como heterossexismo, provocação social e restrição emocional. Na dimensão qualitativa, as RS sobre ser homem foram estruturadas em torno de responsabilidade, força, coragem e "coisa de homem". Quanto à saúde mental dos homens, o núcleo central englobou cuidado, fragilidade, importância, pressão, depressão, ignorância e preconceito. Para seus cuidados em saúde mental, a centralidade incluiu terapia, lazer, importância, necessidade, psicologia, esporte, leitura e pensamento. Na roda de conversa, os estudantes puderam reforçar o lugar hegemônico de ser homem por meio dos seus discursos que caracterizam a saúde mental dos homens. Entretanto, alguns mencionaram o interesse em realizar terapia como uma prática individual de cuidado, a falta de recursos para o acesso à saúde mental, romantização do discurso “faça terapia”, leitura enquanto processo de catarse e atividades de lazer, como música e dormir. Neste contexto, o estudo revelou que as RS sobre ser homem influenciam diretamente nos cuidados com a saúde mental, revelando que os elementos centrais atuam como mediadores nas relações e comportamentos dos indivíduos. Contudo, enfrentou limitações, como a baixa adesão dos homens na pesquisa na totalidade, principalmente nas rodas de conversa, o que sugere a necessidade de estudos futuros para explorar melhor essas temáticas e contribuir para o campo de estudos sobre masculinidades e representações sociais.
Abstract: This study, conducted at the Centro Universitário Santa Maria in Cajazeiras–PB, aimed to understand the social representations (SR) of being a man, men's mental health, and their mental health care among male university students. Specific objectives included characterizing participants according to sociodemographic variables, describing the central and peripheral elements of the SRs on these themes, and analyzing their semantic structure. The research adopted a mixed, basic, and convergent approach, involving 127 cis-men. The Sociodemographic Questionnaire, the Masculinity Conceptions Scale (MCS), the Free Word Association Test (FWAT), and discussion circles were used. Sociodemographic and MCS data were processed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) software, employing descriptive statistics to characterize participants and conduct 12 Student's t-tests covering variables such as sexual orientation, color/ethnicity, employment status, and family income. FWAT data were analyzed using the Ensemble de Programmes Permettant l’Analyse des Évocations (EVOC) software to identify the frequency and order of evocations, highlighting the central and peripheral elements of the SRs. The sample was predominantly composed of health field students, mainly heterosexual, mixed race, single, childless, employed, and with an individual income of up to two minimum wages. Regarding religion, most were Catholic. Quantitative results revealed significant differences in masculinity conceptions between heterosexuals and LGBTQIA+ community members. Heterosexuals scored higher on all masculinity conception factors. Significant differences were also observed in the emotional restraint factor between workers and non-workers. However, no notable differences were identified based on race/color and family income in aspects such as heterosexism, social provocation, and emotional restraint. In the qualitative dimension, the SRs about being a man were structured around responsibility, strength, bravery, and "manly things." Regarding men's mental health, the central core encompassed care, fragility, importance, pressure, depression, ignorance, and prejudice. For their mental health care, the centrality included therapy, leisure, importance, necessity, psychology, sport, reading, and thinking. In the discussion circle, the students reinforced the hegemonic place of being a man through their discourses characterizing men's mental health. However, some mentioned an interest in undergoing therapy as an individual care practice, the lack of resources for accessing mental health, the romanticization of the “get therapy” discourse, reading as a catharsis process, and leisure activities, such as music and sleeping. In this context, the study revealed that the SRs about being a man directly influence mental health care, showing that the central elements act as mediators in individuals' relationships and behaviors. However, it faced limitations, such as low men's adherence to the research overall, especially in the discussion circles, suggesting the need for future studies to better explore these themes and contribute to the field of studies on masculinities and social representations.
Palavras-chave: Representação social - homens
Saúde mental - Homens
Estudo de gêneros
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Estadual da Paraíba
Sigla da instituição: UEPB
Departamento: Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS
Citação: SÁ, Anderson Alexandre de Araújo. Representações sociais sobre ser homem e seus cuidados em saúde mental na perspectiva de universitários. 2024. 110 p. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Saúde) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Embargado
URI: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4939
Data de defesa: 24-Abr-2024
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