Compartilhamento |
|
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3103
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | Escrita e constituição de identidades no ensino fundamental: reflexões sobre identidade discente a partir do gênero artigo de opinião |
Autor: | Silva, José Augusto Pereira da |
Primeiro orientador: | Lins, Juarez Nogueira |
Primeiro membro da banca: | Carvalho, Eneida Oliveira Dornellas de |
Segundo membro da banca: | Cavalcanti, Marineuma de Oliveira Costa |
Resumo: | Partindo das considerações de Hall (2003) e Bauman (2005) que veem a identidade como uma construção social pela linguagem; e, ainda, pela necessidade de novas práticas escolares que se adéquem às necessidades contemporâneas, objetivamos analisar a constituição de identidades discentes a partir do uso da escrita no espaço escolar, mais precisamente nas aulas de Língua Portuguesa (LP) na Escola Estadual Teresa Alves de Moura. As seguintes questões nortearam a pesquisa: ao produzirem o gênero textual artigo de opinião, os alunos se constituem enquanto sujeitos dessa escrita? De que discursos eles se apropriam para constituir os seus discursos – rígido-sólidos ou móvel-líquidos1? Que “marcas discursivas/identitárias” desses sujeitos pós-modernos se fazem presentes neste gênero textual? De que forma o professor de LP pode contribuir no sentido de facilitar a constituição de sujeitos a partir da produção textual? Nossa hipótese: em virtude de práticas tradicionais, sedimentadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem de LP, torna-se possível que, ao produzir um artigo de opinião, a voz do sujeito-aluno seja suprimida por vozes de outros sujeitos. No entanto, acreditamos que o aluno não é apenas um sujeito descaracterizado que, ao produzir o artigo, devolve a palavra dita pela escola, pois ele também traz as suas marcas identitárias. E ainda que o professor de Língua Portuguesa, através de sequências didáticas, pode favorecer a constituição de sujeitos que têm direito à palavra e se constituem a partir dela. O que justifica esta pesquisa é a necessidade de contribuir para a melhoria do ensino-aprendizagem de LP, bem como a formação de novos sujeitos-escritores, donos dos seus dizeres, cidadãos através da palavra escrita. Esta pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico e documental, subsidiada pela pesquisa-ação, foi realizada na cidade de Queimadas/PB. O seu corpus foi constituído por vinte (20) textos, produzidos por alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental da Escola Estadual Teresa Alves de Moura. Tomamos como referencial teórico as contribuições de Hall (2003, 2014), Bauman (2005), Bakhtin (2011), Moita Lopes (1998; 2003), Dolz e Schneuwly (2004), dentre outros. A análise das produções nos fez ver a presença de elementos linguísticos que remetem tanto à identidade antiga (iluminista) quanto à identidade contemporânea, sendo oriundos de vários discursos: familiar, escolar, religiosa, midiático. Na realidade, os sujeitos-alunos repetem outros dizeres, já desgastados, sem reflexão – o familiar e o escolar. E não mobilizam, no caso do discurso escolar, os conteúdos para fundamentar seus ditos e refletir sobre os outros discursos, a exemplo do religioso, midiático... A voz da escola se faz presente a partir dos princípios morais, que se juntam aos valores morais familiares para constituir o discurso do discente - voz sem reflexão. |
Abstract: | Partindo das considerações de Hall (2003) e Bauman (2005) que veem a identidade como uma construção social pela linguagem; e, ainda, pela necessidade de novas práticas escolares que se adéquem às necessidades contemporâneas, objetivamos analisar a constituição de identidades discentes a partir do uso da escrita no espaço escolar, mais precisamente nas aulas de Língua Portuguesa (LP) na Escola Estadual Teresa Alves de Moura. As seguintes questões nortearam a pesquisa: ao produzirem o gênero textual artigo de opinião, os alunos se constituem enquanto sujeitos dessa escrita? De que discursos eles se apropriam para constituir os seus discursos – rígido-sólidos ou móvel-líquidos1? Que “marcas discursivas/identitárias” desses sujeitos pós-modernos se fazem presentes neste gênero textual? De que forma o professor de LP pode contribuir no sentido de facilitar a constituição de sujeitos a partir da produção textual? Nossa hipótese: em virtude de práticas tradicionais, sedimentadas ao longo do processo de ensino-aprendizagem de LP, torna-se possível que, ao produzir um artigo de opinião, a voz do sujeito-aluno seja suprimida por vozes de outros sujeitos. No entanto, acreditamos que o aluno não é apenas um sujeito descaracterizado que, ao produzir o artigo, devolve a palavra dita pela escola, pois ele também traz as suas marcas identitárias. E ainda que o professor de Língua Portuguesa, através de sequências didáticas, pode favorecer a constituição de sujeitos que têm direito à palavra e se constituem a partir dela. O que justifica esta pesquisa é a necessidade de contribuir para a melhoria do ensino-aprendizagem de LP, bem como a formação de novos sujeitos-escritores, donos dos seus dizeres, cidadãos através da palavra escrita. Esta pesquisa qualitativa de cunho bibliográfico e documental, subsidiada pela pesquisa-ação, foi realizada na cidade de Queimadas/PB. O seu corpus foi constituído por vinte (20) textos, produzidos por alunos do 8º e 9º anos do Ensino Fundamental da Escola Estadual Teresa Alves de Moura. Tomamos como referencial teórico as contribuições de Hall (2003, 2014), Bauman (2005), Bakhtin (2011), Moita Lopes (1998; 2003), Dolz e Schneuwly (2004), dentre outros. A análise das produções nos fez ver a presença de elementos linguísticos que remetem tanto à identidade antiga (iluminista) quanto à identidade contemporânea, sendo oriundos de vários discursos: familiar, escolar, religiosa, midiático. Na realidade, os sujeitos-alunos repetem outros dizeres, já desgastados, sem reflexão – o familiar e o escolar. E não mobilizam, no caso do discurso escolar, os conteúdos para fundamentar seus ditos e refletir sobre os outros discursos, a exemplo do religioso, midiático... A voz da escola se faz presente a partir dos princípios morais, que se juntam aos valores morais familiares para constituir o discurso do discente - voz sem reflexão. |
Palavras-chave: | Sujeito Linguagem Identidade Produção escrita Subject Language Identity Written production |
Área(s) do CNPq: | LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Estadual da Paraíba |
Sigla da instituição: | UEPB |
Departamento: | Centro de Humanidades - CH |
Programa: | Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS |
Citação: | Silva, José Augusto Pereira da. Escrita e constituição de identidades no ensino fundamental: reflexões sobre identidade discente a partir do gênero artigo de opinião. 2015. 119f. Dissertação( Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2015. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3103 |
Data de defesa: | 14-Ago-2015 |
Aparece nas coleções: | PROFLETRAS - Dissertações |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
PDF - José Augusto Pereira da Silva.pdf | PDF - José Augusto Pereira da Silva | 26.25 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.