@MASTERSTHESIS{ 2022:1391163223, title = {Escrevivendo a infância em Olhos d'água de Conceição Evaristo}, year = {2022}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4393", abstract = "Considerando o histórico escravocrata brasileiro e com ele a consequente desigualdade social e racial, pensamos na ainda crescente opressão e violência que é submetida grande parte da população, sendo as pessoas negras as mais vulneráveis a sofrerem com a violência e desassistência. No meio desse contingente, a infância de crianças negras que vivenciam um contexto hostil, por vezes passa a ser ignorada, estando, portanto, em desacordo com o que se define na Modernidade no que concerne ao sentimento da infância que envolve o cuidado e a preocupação com a saúde, educação e bem estar das crianças (cuidados básicos e necessários para a sobrevivência). Pensando nisso, a partir da concepção de que a literatura é um espaço de produção e reprodução simbólica, neste trabalho, objetivamos pensar na representatividade da infância presente na obra da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo. A presente pesquisa tem por objetivo analisar contos do livro Olhos d’água (2016), à procura de fatores e elementos correspondentes à vulnerabilidade social, que impactam negativamente a vida das personagens de origem afrodescendente, com ênfase no período da infância. Neste sentido, foca-se especialmente no que diz respeito à maternidade, ao aborto, violência e sobrevivência. O nosso corpus de análise é composto de três contos do livro supracitado, a saber, Maria, Duzu Querença e Quantos filhos Natalina teve? A metodologia é constituída de uma revisão de literatura, que contempla pesquisadores da área que comentam e contribuíram com a nossa análise literária. Iniciamos nosso estudo com o referencial teórico acerca da literatura brasileira no que diz respeito à representatividade do negro com base nos estudos de Roger Bastide (1873), Raymond Sayers (1958), David Brooskshaw (1983), Eduardo Assis Duarte (2010), Luiza Lobo (1993), Luiz Silva Cuti (2010), Sueli Carneiro (2020), Lélia Gonzalez (2020), entre outros. Posteriormente pensamos na escrita de autoria negra enquanto possibilidade de criação e reprodução da personagem negra como sujeito de sua narrativa e, por conseguinte, damos início as análises dos contos. Dentre os resultados alcançados neste estudo, percebemos que as narrativas centram-se em um contexto violento e que a infância das personagens esteve imersa em problemas de cunho social, ao passo que o ciclo de pobreza é uma constante e a criança é vista nesta conjuntura como um adulto, pois engendra tensões que dizem respeito ao universo dos adultos. Ao mesmo tempo, protagonizam situações de abandono, trabalho informal e tem seus direitos negligenciados. Apesar de todas as negativas que envolvem as personagens, elas também são capazes de se reinventar e resistir.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }