@PHDTHESIS{ 2019:294879013, title = {Identificação de compostos orgânicos e avaliação da toxicidade de lixiviado de aterro sanitário “in natura” e tratado por Fenton}, year = {2019}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3905", abstract = "Lixiviado de aterro sanitário é um resíduo líquido complexo, de composição variada, caracterizando-se por apresentar elevadas concentrações de compostos orgânicos e inorgânicos, recalcitrantes e altamente tóxicos. Devido ao seu alto potencial poluidor, os lixiviados devem ser tratados antes de seu lançamento. Processos oxidativos avançados, especificamente o processo Fenton, são considerados promissores para o tratamento de lixiviado de aterro sanitário, haja vista serem capazes de oxidar uma ampla gama de compostos de difícil degradação, mineralizando-os em CO2, H2O e íons inorgânicos ou tornando-os substâncias mais facilmente biodegradáveis. O presente estudo teve por objetivo avaliar a empregabilidade do processo Fenton no tratamento do lixiviado proveniente do aterro sanitário metropolitano de João Pessoa, PB. O lixiviado, antes e após o tratamento, foi caracterizado através de parâmetros físico-químicos e identificação de compostos orgânicos usando CG-EM. Adicionalmente, testes de toxicidade foram empregados. Para determinar a toxicidade, foram realizados testes de inibição do consumo de oxigênio dissolvido e inibição na produção de biogás, bem como, ensaios de toxicidade aguda envolvendo D. magna e L. sativa. Foram obtidas remoções de 90% para cor, de 86% para DQO e 56% para Abs254 no processo Fenton, com pH 2,0, concentrações de ferro de 12 g.L^-1 e razão [H2O2]:[Fe^2+] igual a 9. Identificou-se 43 compostos orgânicos nas amostras de lixiviado “in natura” e no efluente Fenton, dos quais, 63% foram removidos pelo processo oxidativo e 15 compostos foram identificados como subprodutos da oxidação, estando presentes no efluente Fenton. Através da realização dos ensaios de toxicidade, observou-se efeitos de toxicidade em todos os organismos-teste avaliados quando empregadas amostras de lixiviado “in natura”. O processo Fenton foi considerado eficiente na redução da toxicidade a organismos aeróbios, não sendo observadas reduções de TCO em nenhuma das proporções avaliadas. Quanto à toxicidade a organismos anaeróbios, os resultados do teste de BMP mostraram reduções significativas quanto ao potencial tóxico do lixiviado após o tratamento oxidativo, apenas na proporção de 10% do efluente Fenton níveis de inibição acima de 50% na produção de biogás em relação ao controle, ao final de 70 dias, foram observados. Para o microcrustáceo D. magna, apesar de apresentar uma redução na toxicidade (a amostra tratada foi três vezes menos tóxica que a amostra “in natura”), o efluente do processo Fenton é classificado como levemente tóxico (CE50 21,96). Os resultados indicaram ainda fitotoxicidade em L. sativa, quando expostas a baixas concentrações do lixiviado tratado (25%), uma inibição acima de 58% foi observada, reafirmando o potencial tóxico do lixiviado mesmo após o tratamento oxidativo. Os resultados indicam que o tratamento de lixiviado de aterro sanitário por processo Fenton mesmo apresentando elevadas eficiências de remoções dos parâmetros físico-químicos, não produziu um efluente atóxico para todos os organismos-teste.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental - PPGCTA}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }