@MASTERSTHESIS{ 2021:626058007, title = {A cultura do funk no espaço escolar: análise das apologias de gênero em sala de aula}, year = {2021}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4089", abstract = "A conjuntura social contemporânea solicita o diálogo acerca das relações de gênero fomentadas ao longo da história, especialmente no que tange ao viés feminino. Tais relações são construídas em meio a estereótipos e tensionamentos nos quais parece sobressair o favorecimento de um gênero sobre outro, mediante visões naturalizadas que configuram vestígios de violência simbólica contra as mulheres (BOURDIEU, 2020). Assim, a categoria gênero se torna essencial à compreensão dos processos histórico-sociais, evidenciando o relevante papel da educação e da formação escolar das novas gerações para a desconstrução de discriminações sexistas, como as que se mostram recorrentes em algumas letras do funk. Nesse sentido, a presente pesquisa problematiza a interface entre cultura e educação, observando essa musicalidade à luz do paradigma intercultural (CANDAU, 2016; FLEURY, 2002). A cultura do funk, como manifestação midiático-massiva, tende a promover a erotização e a objetificação femininas sinalizando reflexos do pensamento patriarcal. Por meio de uma linguagem de cunho erótico-pornográfico, determinadas letras disseminam referências nas quais subjazem pensamentos pejorativos sobre as mulheres. Tais alusões parecem difundir e reforçar as assimetrias de gênero pela junção de apologias e coreografias sensualizadas, que propagam a superioridade do masculino. Como há uma expressiva ressonância desse ritmo no cotidiano de crianças e adolescentes, sua apropriação no espaço escolar pode instigar análises, debates e reflexões sobre a problemática de gênero e, consequentemente, instigar a formação para a criticidade através de aprendizagens culturais significativas. Com esse propósito, o presente estudo, de natureza qualitativa, configura-se como Pesquisa-Ação (THIOLENT, 2011). O contexto de geração de dados considerou o ensino remoto iniciando-se com atividades que envolveram, entre outros instrumentos de aprendizagem, desenhos e paródias. O processo seguiu os protocolos de segurança exigidos pela pandemia da Covid-19. As adaptações e ajustes de ordem metodológica subsidiaram a articulação de uma Sequência Didática para fins de Produto Educacional. A revisão de literatura incorporou os trabalhos de Bourdieu (2020); Candau (2008, 2013, 2014, 2016); Chartier (1991, 2002); Fleuri (2001,2003); Hall (1997, 2003, 2006, 2016); Herschmann (1997); Louro (2000, 2004, 2008, 2014, 2019); Lopes (2011); Scott (1995); Vianna Júnior (1987, 1995), Weeks (2019) entre outros teóricos. O universo pesquisado inclui meninos e meninas, entre 10 e 13 anos, matriculados no 5º ano da EMEIEF em Tempo Integral Ubirajara Targino Botto, instituição da cidade de João Pessoa-PB. Os resultados buscam oferecer contribuições para o espaço escolar e seus integrantes, colaborando com os estudos de gênero em suas interfaces culturais, especialmente no que tange à apropriação do funk em sala de aula. A Sequência Didática e as demais percepções, frutos do estudo, serão encaminhados à escola e seus integrantes, bem como à rede educativa do município, conforme critérios de uma Pesquisa-Ação.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Profissional em Formação de Professores - PPGPFP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }