@MASTERSTHESIS{ 2021:1415501687, title = {Nacionalismo para quem?: uma análise genealógica do pinkwashing israelense}, year = {2021}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3785", abstract = "Após décadas de lutas e reivindicações sociopolíticas encabeçadas por movimentos LGBT+, a nível doméstico e internacional, alguns Estados não só passaram a garantir certos direitos e proteções legais, como também adotaram uma nova forma de avaliar o quão inclusivo, tolerante e democrático um Estado é, com base no seu posicionamento em relação à comunidade LGBT+. Neste contexto, alguns Estados passaram a fazer uso do “pinkwashing”, ou seja, um mecanismo caracterizado pela promoção de uma imagem e narrativa pró-LGBT+, com o objetivo de encobrir e “lavar” certas ações tidas como problemáticas e negativas no Sistema Internacional. O Estado de Israel é o principal promotor deste mecanismo, utilizado com o objetivo de desviar a atenção do Sistema Internacional da sua postura violenta para com o povo palestino. Entretanto, há evidências de que essa suposta inclusão de indivíduos LGBT+ ocorre de maneira rasa e superficial, visto que não garante a mesma visibilidade e oportunidades para todas os indivíduos que compõem esta sigla. Diante deste quadro, o problema de pesquisa que orienta esta dissertação é: de que maneira ocorre a inserção da população LGBT+ no projeto nacionalista israelense? O objetivo geral aqui é desenvolver uma análise genealógica do pinkwashing israelense, com vistas a desvelar e denunciar o caráter homonacionalista da suposta política progressista de Israel. Para tanto, a pesquisa foi realizada sob o amparo das contribuições teóricas da corrente de pensamento pós-estruturalista, assim como da Teoria Queer. Do pós-estruturalismo, esta pesquisa trabalha, principalmente, com as concepções que envolvem a importância das práticas discursivas, que impactam na construção de identidades e são regidas por relações de poder. Por sua vez, visto que esta pesquisa propõe-se a desestruturar certas narrativas dominantes envolvendo a comunidade LGBT+, optou-se, também, pelo uso da Teoria Queer. Ademais, o pós-estruturalismo também nos oferece proposições críticas de análise da “realidade” social, como é o caso do método de análise utilizado neste trabalho, a genealogia de influência foucaultiana. Com o intuito de melhor estruturar e alcançar tal objetivo, possui, também, como objetivos específicos: (I) evidenciar o uso pinkwashing como mecanismo de limpeza de imagem no Sistema Internacional, que no contexto israelense, manifesta-se dentro da Brand Israel; (II) expor a perspectiva dos palestinos queer acerca do pinkwashing israelense, e; (III) demonstrar as inconsistências da narrativa de que Israel é um Estado que garante igualitariamente e plenamente direitos aos seus cidadãos LGBT+, assim como aos palestinos queer residentes em Israel. Com base na literatura coletada e analisada, a pesquisa parte do pressuposto que o Estado de Israel promove sua imagem, no Sistema Internacional, como um espaço homogeneamente tolerante e inclusivo para com a população LGBT+ (tanto israelense, quanto palestina). Entretanto, a partir das análises feitas, argumentase que somente os indivíduos LGBT+ que adequam-se aos padrões e normas dominantes da sociedade israelense, são de fato incorporados no projeto nacionalista de Israel.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-graduação em Relações Internacionais - PPGRI}, note = {Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas - CCBSA} }