@PHDTHESIS{ 2021:89673758, title = {Violência doméstica, indicadores de vulnerabilidade socioespacial e traumas maxilofaciais: um estudo ecológico para identificar áreas de alto risco}, year = {2021}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3946", abstract = "O objetivo do presente estudo foi determinar a distribuição espaço-temporal dos casos de traumas maxilofaciais resultantes de violência doméstica e avaliar a influência de indicadores de vulnerabilidade socioespacial. Para tanto, realizou-se um estudo ecológico envolvendo a análise de casos de violência doméstica atendidos no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) de Campina Grande-PB, bem como de dados populacionais extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes às características socioeconômicas, de habitação e moradia dos bairros onde as vítimas residiam. Aplicou-se a ferramenta de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para integração dos dados. Procedeu-se à construção de mapas em alta resolução com auxílio do software QGIS versão 2.18.22 (QGIS Geographic Information System, Open Source Geospatial Foundation). Três tipos de técnicas de análise espaço-temporal foram realizados: (i) análise de trajetória da incidência dos casos, usando modelagem de mistura finita; (ii) análise de autocorrelação espacial; (iii) análise de regressão espacial, para avaliar a influência de condições de vulnerabilidade socioespacial sobre a incidência dos eventos. O nível de significância foi fixado em 5% (p ≤ 0,05). Os resultados confirmaram que existe heterogeneidade estatisticamente significativa na distribuição dos eventos no espaço geográfico analisado, com concentração das registros em determinados bairros. A análise de trajetória revelou padrões diferentes de evolução das taxas de violência doméstica e violência por parceiros íntimos contra mulheres, com tendência de aumento no último ano de observação em alguns bairros. O indicador de autocorrelação espacial de Getis-Ord (Gi*) reconheceu clusters estatisticamente significativos de alto risco na zona Leste (p < 0,05) e na zona Oeste (p < 0,05), e de baixo risco na zona Norte (p < 0,05). Os modelos de regressão espacial revelaram que o indicador 2 (proxy de condição socioeconômica) permaneceu significativamente associado às taxas de incidência de traumas maxilofaciais associados à violência doméstica de modo geral (β = 8,403; EP = 2,738; p < 0,001) e às situações de violência por parceiro íntimo contra mulheres (β = 5,305; EP = 1,741; p = 0,002). Portanto, os resultados sugerem associação entre maior registro de casos e elevada vulnerabilidade socioespacial, evidenciando a necessidade de desenvolver políticas públicas locais de prevenção e enfrentamento da violência doméstica.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Odontologia - PPGO}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }