@PHDTHESIS{ 2017:1585176975, title = {O canto do bode humano: exílio e estranheza na ambivalência trágica da Galileia contemporânea}, year = {2017}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2942", abstract = "O presente trabalho estuda o exílio e a estranheza como uma das experiências mais trágicas do nosso tempo, problematizadas pelo romance Galileia do escritor Ronaldo Correia de Brito, através do percurso dos três personagens principais: Ismael, Davi e Adonias. Iniciamos discutindo a obra de Raymond Williams com atenção aos aspectos que consideramos centrais em sua teoria: a experiência comun, a revolução e o sacrifício, a tensão. O teoria trágica do autor permite uma orientação que o uso simples do termo trágico deixa a desejar. Em seguida, abordamos os estudos de Zygmunt Bauman, cuja teoria da Modernidade, da ambivalência e do refugo, em diálogo com a teoria de Williams, fundamenta nossas reflexões sobre a formação de um ethos moderno de ordem e cisma que cria o exílio e estranheza contemporâneo, um dos aspectos mais trágicos do nosso tempo. Partindo do pressuposto fundamental de que macrossocial e microssocial estão intrinsecamente ligados, damos continuidade comentando brevemente relações do romance com a tragédia grega, a tragédia social em Williams e a ambivalência moderna em Bauman. Trazemos à tona reflexões que confrontam aspectos teóricos do regionalismo literário assumindo uma posição: Galileia é um romance contemporâneo, marcado por pressões macrossociais e cujo narrador está inserido nas tensões da Modernidade. Analisamos o espaço do romance, o espaço antes da chegada dos primos Ismael, Davi e Adonias à fazenda Galileia, e o espaço interior onde os personagens principais transitam e sofrem suas tensões. Finalizamos com o percurso de cada um dos personagens principais do romance. Ismael, o estigmatizado cuja ambivalência é autoconstruída, o pária rejeitado pela família; Davi, o traumatizado pelo estupro na infância, que nasce com as marcas da estrangeiridade, branco, olhos azuis, cabelos louros, e que é amado pela sua família pela qual sente apenas desprezo; e Adonias, o narradorpersonagem, o exilado em constante tensão, que reafirma a rejeição das origens que ele compartilha com sua família e cuja configuração no romance permite ler uma alegoria do refugo humano, o estado sem redenção de antirresiliencia e ambivalência crônica do bode humano em tensão.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }