@MASTERSTHESIS{ 2015:1374570513, title = {Estudo epidemiológico e genético da deficiência física em populações do nordeste brasileiro}, year = {2015}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2914", abstract = "Introdução: Os estados do Nordeste brasileiro possuem elevada frequência de casamentos consanguíneos, o que contribui para o aumento da frequência de deficiências físicas associadas às doenças genéticas de herança recessiva. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver instrumentos para investigar os fatores etiológicos associados à deficiência física e realizar o diagnóstico clínico, genético, quando necessário, e funcional de indivíduos com deficiência física em dois municípios da região. Metodologia: No primeiro estudo, descritivo e de abordagem quantitativa, foi desenvolvido um instrumento de coleta de informação sobre pessoas com deficiência física e foram comparados os dados colhidos por 37 Agentes Comunitários de Saúde em relação aos obtidos por pesquisadores para avaliação de confiabilidade dessa informação. Os dados foram analisados no software SPSS 22.0. Foram construídas tabelas de distribuição de frequência para as variáveis categóricas e médias para as numéricas. Utilizou-se o percentual simples de concordância inter observador para os grupos da ficha, e a estatística Kappa (κ) para cálculo da concordância inter observadores dos grupos de aproximação etiológica. No segundo estudo, de base populacional, uma amostra de 139 pessoas com deficiência física foi avaliada sob o ponto de vista clínico-genético e funcional para avaliar a contribuição de diferentes fatores etiológicos na sua determinação. Os dados foram analisados no software SPSS 22.0, adotando-se o nível de significância de 5%. Calculou-se a freqüência, prevalência e a razão de prevalência dos dados. Resultados: Os agentes subestimaram a prevalência de deficiência física em relação aos pesquisadores, embora a concordância da informação para as categorias de classificação tenha sido superior a 80%, com Kappa de 0,582 (p<0,001). Os casais aparentados possuem 3,26 vezes mais filhos com algum tipo de deficiência em comparação aos casais não consanguíneos. Os fatores ambientais ou adquiridos causam 47,40% das deficiências, sendo as causas externas as mais prevalentes; as deficiências de etiologia genética corresponderam a 16,50% da amostra, sendo as mais prevalentes as síndromes genéticas e as malformações congênitas; 22,30% tiveram origem multifatorial, como o acidente vascular encefálico e a cifoescoliose, e13,66% permaneceram sem diagnóstico. A maior parte das pessoas com deficiência avaliadas era independente e conseguiam realiza, ainda de forma modificada, as atividades da vida diária. Quanto às demandas por tecnologia assistiva e serviços de reabilitação, apenas 7,20% recebiam atendimento fisioterapeutico, 70,50% necessitavam de equipamentos, no entanto, só 41,00% possuíam no momento da entrevista. Conclusão: Os resultados desta pesquisa mostram que é possível qualificar a informação colhida sobre pessoas com deficiência física melhorando e aperfeiçoando as estratégias e sistemas de informação já existentes na Atenção Básica. As populações do nordeste brasileiro, devido à consanguinidade, possuem maior prevalência desse tipo de deficiência e necessitam de serviços de aconselhamento genético e maior número de serviços de reabilitação e de tecnologia assistiva.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }