@MASTERSTHESIS{ 2020:1468342579, title = {Humanização em pediatria: O que pensam os profissionais e cuidadores}, year = {2020}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4044", abstract = "A humanização em saúde configura-se como um processo de transformação do modelo institucional de saúde, que busca enfatizar os valores que estimulem a autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a corresponsabilidade entre eles, a construção de redes de cooperação e a participação coletiva no processo de gestão. Embora tenham sido construídas políticas públicas voltadas à humanização, ainda há dificuldades na sua implementação, sobretudo pelos diversos sentidos atribuídos a este objeto social. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi apreender as representações sociais sobre humanização entre profissionais de saúde que atuam em pediatria e a percepção dos familiares acompanhantes de crianças e adolescentes internados sobre o cuidado humanizado. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, em um hospital universitário da Paraíba, através de entrevistas semi-estruturadas com doze profissionais e doze familiares. Os resultados, analisados através da análise categorial temática, identificaram que, entre os profissionais, a humanização é representada predominantemente por ações individuais, caracterizadas por um cunho humanitarista. Evidenciou-se a polissemia do termo humanização, uma vez que possui diversos sentidos ancorados. Os principais elementos dizem respeito às questões éticas e relacionais, outros, menos expressivos, relacionam-se a aspectos científicos, da própria política e do SUS. Aponta-se que as práticas parecem expressar valores voltados a vinculações afetivas, como também apresentam uma preocupação voltada a resolutividade da questão do adoecimento, com o uso eficaz do raciocínio clínico, dos materiais, exames e procedimentos necessários. Ressaltou-se a falta de representações do objeto enquanto direito do usuário, o que acaba por deixar as ações de humanização sob a escolha individual, retirando o caráter coletivo da efetivação da política, além de subtrair do cidadão seu direito a uma saúde de qualidade. Os usuários, por sua vez, trouxeram opiniões do senso comum que remetiam a aspectos afetivos do cuidado. Avaliaram a assistência, em geral, de forma positiva, principalmente no que concerne à capacidade técnica da equipe em solucionar o problema de saúde do paciente. Acrescentaram algumas questões estruturais que devem ser reorganizadas, principalmente quanto à alimentação e conforto dos familiares. A relação equipe-acompanhante, apesar de ter uma avaliação satisfatória, mostrou alguns impasses, tais como uma falha na comunicação das informações passadas pelos trabalhadores, uma dificuldade na clareza do papel do acompanhante, que acaba gerando conflitos entre essa díade. Os familiares detalharam as diversas nuances de ser cuidadora de uma criança/adolescente em processo de hospitalização, mostrando a dificuldade em exercer esse papel, frente às diversas cobranças que lhe são requeridas, somadas ao potencial estressor do próprio adoecimento de sua criança. Percebe-se que tanto os profissionais quanto os acompanhantes trazem uma visão limitada da humanização, sem uma discussão no âmbito do direito. Faz-se necessário uma oferta de ações que possam promover reflexões e estratégias em humanização tanto para profissionais, quanto para os usuários, no sentido de promover ressignificações no modo de pensar e concretizar a proposta da humanização em saúde.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }