@MASTERSTHESIS{ 2019:1097427290, title = {Análise do atraso da paciente no diagnóstico do câncer de mama – Paraíba}, year = {2019}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3409", abstract = "Introdução: O câncer de mama representa cerca de 28% das taxas mundiais da incidência de neoplasias por ano, oferecendo uma estimativa de 59.700 novos casos para o biênio 2018-2019. Um estudo realizado com 527 pacientes com câncer de mama, realizado entre os anos de 2005 e 2011, na Paraíba, revelou que 41% das mulheres chegaram ao hospital com estadiamento tumoral avançado (III e IV). O tratamento tardio contribui para o aumento da mortalidade, e trata-se de uma realidade mais presente nos países em desenvolvimento. O tratamento tardio pode estar associado ao comportamento da paciente (atraso da paciente; AP) e/ou ser causado pelo sistema de saúde (atraso de sistema; AS). O presente estudo enfocou o AP. Nenhum estudo havia sido realizado sobre o atraso da paciente na Paraíba. Objetivo: Identificar os fatores que levaram ao atraso da paciente no diagnóstico e tratamento do câncer de mama, nos dois centros de referência para câncer de mama do estado da Paraíba. Método: Trata-se de uma pesquisa de delineamento transversal, onde foi utilizada a Análise de Regressão Logística Nominal afim de obter o fator de associação (odds ratio) entre as variáveis analisadas, contando com 103 pacientes com câncer de mama atendidas nos dois maiores centros de referência em oncologia do Estado da Paraíba. O AP foi definido como um intervalo >60 dias entre a descoberta de sintomas pela paciente e a primeira consulta médica. Resultados: Das 103 pacientes analisadas, 33 (32,0%) apresentaram atraso da paciente. Mulheres com baixa e média escolaridade, respectivamente 1,22 (IC95%: 0,33-4,48) e 1,92 (IC95%: 0,53-7,00), aumentaram as chances de atraso da paciente em comparação às mulheres que possuíam alto grau de escolaridade. Não estar em um relacionamento estável aumentou a chance de atraso da paciente 2,04 (IC95%: 0,88-4,73) vezes em relação às mulheres que possuíam relacionamento estável. Pacientes sem plano de saúde privado aumentaram as chances 1,90 (IC 95%: 0,49-7,32) de atraso da paciente, quando comparadas às mulheres com plano de saúde privado. Não realizar/realizar raramente e realizar às vezes visitas médicas no local de moradia aumentou as chances de AP 6,25 (IC 95%: 0,76-51,33) e 1,82 (IC 95%: 0.14- 23.25) p< 0,05 respectivamente, em comparação às mulheres que sempre realizavam visitas médica no seu local de moradia. Mulheres que visitavam a unidade básica de saúde nunca/raramente 2,66 (IC95%: 0,96-7,36) ou às vezes 2,76 (0,96-7,36) aumentaram a chance de atraso da paciente, quando comparadas àquelas que realizavam visitas regularmente. Pacientes que nunca realizaram mamografia e exame clínico das mamas tinham respectivamente 1,78 (0,57-5,53) e 1,47 (0,44-4,89) maiores chances de atraso da paciente, em comparação àquelas que realizaram mamografia regularmente. A análise estatística não indicou associações significativas entre atraso da paciente e estágio ou grau tumoral. Conclusão: Os aspectos socioeconômicos apresentaram resultados em consonância com a literatura. Apesar dos tumores não terem sidos descobertos durante exames médicos, a realização da mamografia e o exame clínico das mamas apresentaram-se como importantes fatores que diminuíram o atraso da paciente, indicando que o comportamento de prevenção das mulheres está associado a outras atitudes que favorecem maior agilidade na busca pelo diagnóstico. O fato de mulheres que realizavam consultas médicas raramente ou nunca em seu lugar de moradia terem sofrido AP significativo indica a existência de barreiras de acesso.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }