@MASTERSTHESIS{ 2014:1977463694, title = {A representação do duplo na obra o Aleph de Jorge Luis Borges}, year = {2014}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2419", abstract = "A abordagem de estudos literários em relação aos múltiplos planos de significação existentes na obra de Jorge Luis Borges torna-se instigante e necessária, a gama de atribuição de sentidos contidos em seus contos e em outras vertentes de sua produção reiteram a ideia de Compagnon (2012), a qual entende que as obras transcendem a intenção inicial autoral e a cada época dizem algo novo. Na obra de Borges, podemos depreender um caráter de mistério, religiosidade, mística e dualidade diluídos em enredos envolventes em que nomes, cenas, lugares, objetos e outros aspectos são extremamente dotados de significações simbólicas. A forma de narrar algo dentro da narrativa, utilizada pelo autor, através de um contínuo jogo entre passado e presente, partilhado, continuamente, pelo leitor, bem como o labirinto de enigmas proposto em sua escrita, impulsionam um maior interesse pela análise de seus textos principalmente, no que concerne às questões relacionadas à representação do duplo. A obra O Aleph (2012) será nosso corpus. Analisaremos cinco das dezessete narrativas da obra. Nelas entendemos ser o duplo a grande carga dramática que dá sentido em quase todos os âmbitos, pois o gênero fantástico, a intertextualidade e memória textual, a metaficção, o devir e a alteridade dos personagens constituem-se de duplos em meio aos enredos, a saber: “O imortal”, “O morto”, “Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829 – 1874)”, “Emma Zunz”, e “A escritura do Deus”. Tentar entender, de forma plausível, o que o duplo significa em meio à representatividade em cada conto é a ambição desse estudo. Metodologicamente desenvolvemos uma análise qualitativa bibliográfica, pois nos contos selecionados entendemos ser o duplo a grande tensão. As narrativas analisadas, na perspectiva, da representação do duplo condicionam-se à percepção dessa representatividade conforme a progressão dos enredos, com os possíveis planos e cargas semânticas que podem estar contidos nos textos borgianos, em meio à representatividade do duplo, quando poderemos entender mais da relação texto, leitor e autor. O escritor argentino possui nessa temática talvez um leitmotiv ou projeto literário e nessa hipótese também dupla se conduzem nossas análises. O método de análise do duplo em Borges está direcionado à estrutura da obra (duplo estrutural), que é dupla devido muitas vezes à metaficção (na tônica da história dentro de história e conceituação da própria arte-literatura); aos personagens (duplo de personagem) que sofrem alteridades e vários devires, e aos enredos (duplo de enredo) que constituem-se muitas vezes de espaços, intertextualidade e atmosfera onírica, trazendo para o enredo aspectos duplos. O suporte teórico para as análises se baseará em Olmos(2008), Bravo(1997), Monegal (1980), Gomes Jr(1991), Rank (2013), Ordóñez (2009), Sarlo (2008), Woodall (1999), Todorov (2012), Versiani (2009), França(2009) e Rosset (2008). Borges também nos guiará enquanto duplo, e iremos também tê-lo enquanto suporte teórico em muitas passagens, pois em meio a sua produção teorizou a condição da arte, dando aos seus textos caráter duplo devido à metaficção, quando a ficção fala de si mesma (BERNARDO, 2010), já que o escritor também fora crítico.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Centro de Educação - CEDUC} }