| Compartilhamento |
|
Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5353| Tipo do documento: | Tese |
| Título: | Violência intrafamiliar e comunitária contra mulheres: o impacto da pandemia de Covid-19 |
| Título(s) alternativo(s): | Domestic and community violence against women: the impact of the Covid-19 pandemic |
| Autor: | Figueiredo, Tayná Ribeiro Monteiro de ![]() |
| Primeiro orientador: | Cavalcanti, Sérgio D’Ávila Lins Bezerra |
| Primeiro membro da banca: | Barbosa, Kevan Guilherme Nóbrega |
| Segundo membro da banca: | Massoni, Andreza Cristina de Lima Targino |
| Terceiro membro da banca: | Cavalcante, Gigliana Maria Sobral |
| Quarto membro da banca: | Medeiros, Carmen Lucia Soares Gomes de |
| Resumo: | O objetivo do presente estudo foi determinar o perfil epidemiológico e a distribuição espacial da violência física intrafamiliar e comunitária contra mulheres em diferentes períodos relacionados à pandemia do COVID-19, com base nos registros de vítimas atendidas no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) do Instituto de Polícia Científica (IPC) em João Pessoa, Paraíba. Para esse fim, foi realizado um estudo transversal e ecológico envolvendo a análise de casos de violência física contra a mulher atendidos no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) de João Pessoa em diferentes períodos relacionados à pandemia (período pré-pandêmico, período crítico da pandemia, período de estabilização e período pós-pandêmico), bem como de dados populacionais extraídos do IBGE referentes às características socioeconômicas, de habitação e moradia dos bairros onde as vítimas residiam. Foram empregados os testes Qui-quadrado de Pearson e regressão logística com cálculo de Odds Ratio (OR) para analisar os fatores associados à presença de trauma facial em mulheres vítimas de violência com base em variáveis sociodemográficas, contextuais e temporais. Para a análise espacial de casos de trauma maxilofacial em mulheres vítimas de violência física, Sistemas de Informação Geográfica (SIG) foram utilizados para mapear os endereços residenciais e identificar áreas críticas de ocorrência (hotspots). A base cartográfica digital (shapefile) e as divisões territoriais foram obtidas junto ao IBGE. Inicialmente, realizou-se análise descritiva das variáveis, seguida de autocorrelação espacial pelo Índice de Moran Global para detectar estrutura espacial significativa. Foram aplicadas três técnicas de análise espacial: (I) LISA Maps para identificar clusters de alta e baixa incidência; (II) BoxMap, classificando bairros em quadrantes alto-alto, baixo-baixo, alto-baixo e baixo-alto, para representar concentração e dispersão espacial; e (III) regressão espacial (Spatial Lag Model – SLM) para estimar a influência de fatores socioespaciais de vulnerabilidade. As análises foram realizadas no R (v.4.3.2), utilizando pacotes específicos, e a significância estatística foi p ≤ 0,05. O estudo identificou que a pandemia alterou o perfil da violência contra mulheres, com aumento das agressões praticadas por homens, parceiros e ex-parceiros, especialmente aos fins de semana e durante a noite. Trauma facial foi identificado em 51,7% dos casos, principalmente em tecidos moles com maior risco em mulheres jovens e adultas, à noite, em ambientes doméstico, envolvendo parceiros, ex-parceiros ou conhecidos, e agressões nuas ou com diferentes tipos de instrumentos. A análise espacial mostrou concentração persistente de casos de traumas maxilofaciais resultantes de violência em áreas socioeconomicamente vulneráveis de João Pessoa, principalmente nas zonas sul, sudoeste e sudeste, havendo expansão no período crítico da pandemia para a zona leste. As análises LISA e BoxMap identificaram clusters alto-alto e baixo-baixo, indicando persistência e difusão espacial da violência ao longo do período. O modelo de regressão confirmou que os indicadores socioeconômicos mantiveram associação significativa com a incidência dos casos (p < 0,001). Conclui-se que foi possível identificar um padrão consistente de violência física contra mulheres ao longo dos quatro períodos da pandemia, mostrando que o sexo do agressor e o mecanismo da agressão influenciam diretamente em sua ocorrência. A ocorrência de traumas maxilofaciais resultantes de violência física contra mulheres mostrou associação significativa com áreas de maior vulnerabilidade socioespacial, apresentou padrões espaciais relativamente estáveis e se intensificou em contextos de crise, reforçando a necessidade de políticas públicas contínuas, intersetoriais e territorialmente direcionadas para prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher. |
| Abstract: | The objective of this study was to determine the epidemiological profile and spatial distribution of intrafamilial and community physical violence against women across different periods of the COVID-19 pandemic, based on records of victims treated at the Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) of the Instituto de Polícia Científica (IPC) in João Pessoa, Paraíba, Brazil. To this end, a cross-sectional ecological study was conducted, analyzing cases of physical violence against women attended at NUMOL in João Pessoa during different pandemic periods, alongside population data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) regarding the socioeconomic, housing, and residential characteristics of the neighborhoods where the victims lived. Pearson’s chi-square tests and logistic regression with Odds Ratios (OR) were used to assess factors associated with the occurrence of facial trauma in female victims of violence, considering sociodemographic, contextual, and temporal variables. For the spatial analysis of maxillofacial trauma cases, Geographic Information Systems (GIS) were employed to map residential addresses and identify critical occurrence areas (hotspots). Digital cartographic data (shapefiles) and territorial divisions were obtained from the IBGE. Initially, descriptive analyses of the variables were conducted, followed by spatial autocorrelation using the Global Moran’s I to detect significant spatial structure. Three spatial analysis techniques were applied: (I) LISA Maps to identify high- and low-incidence clusters; (II) BoxMap, classifying neighborhoods into high-high, low-low, high-low, and low-high quadrants to represent spatial concentration and dispersion; and (III) spatial regression (Spatial Lag Model – SLM) to estimate the influence of socio-spatial vulnerability factors. Analyses were performed in R (v.4.3.2) using specialized packages, with statistical significance set at p ≤ 0.05. The study identified that the pandemic altered the profile of violence against women, with an increase in aggressions perpetrated by men, particularly partners and ex-partners, predominantly on weekends and at night. Facial trauma was present in 51.7% of cases, primarily affecting soft tissues, with higher risk among young and adult women, occurring at night, in domestic settings, involving partners, ex-partners, or acquaintances, and involving either single or multiple instruments. Spatial analysis revealed persistent concentrations of maxillofacial trauma cases in socioeconomically vulnerable areas of João Pessoa, mainly in the southern, southwestern, and southeastern zones, with expansion to the eastern zone during the critical phase of the pandemic. LISA and BoxMap analyses identified high-high and low-low clusters, indicating the persistence and spatial diffusion of violence over time. Regression models confirmed a significant association between socioeconomic indicators and case incidence (p < 0.001). In conclusion, the study identified a consistent pattern of physical violence against women across the four pandemic periods, demonstrating that the aggressor’s sex and the mechanism of aggression directly influence the occurrence of cases. Maxillofacial trauma resulting from physical violence was significantly associated with areas of higher socio-spatial vulnerability, showed relatively stable spatial patterns, and intensified during periods of crisis, highlighting the urgent need for continuous, intersectoral, and territorially targeted public policies for the prevention and management of violence against women. |
| Palavras-chave: | Violência contra a Mulher Saúde Pública Sistemas de Informação Geográfica Traumatismos Maxilofaciais Violence Against Women Public Health Geographic Information Systems Maxillofacial Injuries |
| Área(s) do CNPq: | CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Instituição: | Universidade Estadual da Paraíba |
| Sigla da instituição: | UEPB |
| Departamento: | Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS |
| Programa: | Programa de Pós-Graduação em Odontologia - PPGO |
| Citação: | FIGUEIREDO, Tayná Ribeiro Monteiro de . Violência intrafamiliar e comunitária contra mulheres: o impacto da pandemia de Covid-19. 2025. 96 f. Tese (Doutorado em Odontologia) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2025. |
| Tipo de acesso: | Acesso Embargado |
| URI: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5353 |
| Data de defesa: | 31-Out-2025 |
| Aparece nas coleções: | PPGO - Teses |
Arquivos associados a este item:
| Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
|---|---|---|---|---|
| TS - Tayná Ribeiro Monteiro de Figueiredo.pdf | TS - Tayná Ribeiro Monteiro de Figueiredo | 2.17 MB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia |
| Termo de depósito BDTD.pdf | Termo de depósito BDTD | 621.2 kB | Adobe PDF | Baixar/Abrir Pré-Visualizar Solictar uma cópia |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.

