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http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3458
Tipo do documento: | Dissertação |
Título: | A metaficção e a ficcionalidade da realidade social desumanizadora em Never let me go, de Kazuo Ishiguro |
Autor: | Sousa, Tatiane da Costa Pereira |
Primeiro orientador: | Nóbrega, Elisa Mariana de Medeiros |
Resumo: | As obras metaficcionais foram inicialmente vistas como textos que, focados demasiadamente em sua autocontemplação narcisista, não mostrariam nenhuma preocupação com a realidade extratextual, revelando, assim, um caráter apolítico. Estudos posteriores do gênero, entretanto, em especial nas obras de Patricia Waugh (2001), Linda Hutcheon (1980; 1991), Wenche Ommundsen (1993) e Gustavo Bernardo (2010), questionaram essa interpretação ou ao menos ressaltaram como, se as metaficções realmente funcionam como espelhos voltados para sua própria arquitetura narrativa, por outro lado, seu reflexo também permite enxergar o mundo extratextual que essas narrativas só aparentemente ignoram, enquanto, na verdade, propõem uma leitura crítica dessa realidade, em especial no que diz respeito aos vários discursos que “naturalizam” relações socialmente construídas — um fenômeno curioso sobretudo quando tais discursos são assimilados pelas próprias vítimas dessas relações. Assim, a partir de uma análise do romance Never let me go, de Kazuo Ishiguro, buscamos mostrar como uma história a respeito de clones criados e usados para “doações” de órgãos, em uma realidade histórica alternativa, apesar do enredo insólito, funciona como metáfora alusiva a grupos excluídos, explorados, oprimidos e, principalmente, desumanizados na realidade que reconhecemos em nossa experiência diária. |
Abstract: | Metafictional works have already been seen as texts which, focused upon its narcissistic self-contemplation, seemed to show no concern with the reality outside the text, which supposedly lacked political awareness. Further studies on the genre, however, especially in works by Patricia Waugh (2001), Linda Hutcheon (1980, 1991), Wenche Ommundsen (1993) and Gustavo Bernardo (2010), have either put such an interpretation into question or at least highlighted how, if metafictions do work as mirrors turned to its own narrative architecture, its reflex on the other hand has also allowed us to see the extratextual world which such narratives only seemingly ignored, while it actually proposes a critical reading of such reality, especially as regards several discourses which “naturalize” socially constructed relationships — a phenomenon that is relevant mainly when such discourses are unknowingly assimilated by the victims of such relationships themselves. Thus, by analysing the novel Never let me go by Kazuo Ishiguro, we try to show how clones created and used for “donating” organs, in an alternative historical reality, despite its strange plot, can be seen as metaphors of the excluded, the exploited, the oppressed and mainly the dehumanized ones in the reality that we recognise in our daily experience. |
Palavras-chave: | 1. Metaficção. 2. Desumanização. 3. Violência simbólica |
Área(s) do CNPq: | CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Estadual da Paraíba |
Sigla da instituição: | UEPB |
Departamento: | Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Citação: | Sousa, Tatiane da Costa Pereira. A metaficção e a ficcionalidade da realidade social desumanizadora em Never let me go, de Kazuo Ishiguro. 2018. 80 p. Dissertação( Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande - PB. |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3458 |
Data de defesa: | 7-Nov-2018 |
Aparece nas coleções: | PPGLI - Dissertações |
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