@MASTERSTHESIS{ 2023:1805849332, title = {Cuidado às crianças com obesidade na atenção primária à saúde e seus fatores associados na Paraíba}, year = {2023}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4690", abstract = "Objetivo: Avaliar o cuidado às crianças com obesidade na atenção primária à saúde e seus fatores associados na Paraíba. Metodologia: Tratou-se de um estudo transversal representativo da atenção básica do Estado da Paraíba que observou o cuidado às crianças menores de 10 anos com obesidade neste nível de cuidado, sendo parte de um estudo nacional do Ministério da Saúde intitulado de “Diagnóstico situacional dos programas e ações relacionadas à Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)”, referente ao eixo de pesquisa e desenvolvimento do “Projeto de pesquisa, extensão e formação de gestores e trabalhadores do Sistema Único de Saúde para prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade da população da Paraíba”, pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). A pesquisa foi realizada no período de janeiro a setembro de 2021, nas unidades de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS), do estado da Paraíba. Existem 1765 unidades básicas de saúde distribuídas em 223 municípios paraibanos. O cálculo amostral, executado e replicado para todos os estados participantes do estudo nacional, foi desenvolvido pela equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Piauí, considerando o plano de amostragem aleatória estratificada, com margem de erro de 5% e nível de confiança de 95%, definiu-se 4 estratos de acordo com o número da população: A-capital; B-municípios com mais de 150 mil habitantes; C-municípios entre 30 e 150 mil habitantes; D-municípios menores do que 30 mil habitantes. As 642 UBS sorteadas ficaram organizadas entre 168 municípios, as quais compuseram a amostra final deste estudo, incluindo todas as regiões e macrorregiões de saúde. Ao final da coleta de dados obteve-se um "n" de 487 UBS. Sendo constatada uma perda de 24,1% (155/642). Destes, 148 foram por questionários não respondidos e 07 foram excluídos do estudo por serem unidades desativadas ou não pertencerem à APS. As análises foram realizadas a partir do software Statistical Package for the Social Sciences - SPSS versão 22.0. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo feminino (90,5%), enfermeiras (65,5%) que trabalhavam em Unidades Básicas de Saúde ou Unidades Saúde da Família (75,4%), há mais de um ano (73,5%). Apenas 8% tinham capacitação sobre o manejo da obesidade, 88,1% afirmaram que existe a realização dos cuidados aos indivíduos com obesidade nos estabelecimentos onde trabalham, sendo as ações individuais as mais realizadas (44,9%). Entre os entrevistados, 64,1% dos profissionais expressaram existir os mapas dos territórios, nos quais constam os equipamentos e espaços para ações em saúde. Em relação à população infantil, 77,4% dos profissionais afirmaram a realização de ações, sendo mais frequentes as comunitárias (50,2%), quando comparadas as ações individuais (30,6%). A faixa etária de 0 a 2 anos é a que tem mais atendimentos individuais (31,9%), já as ações comunitárias ou em grupo são mais destinadas a crianças maiores e adolescentes através do Programa Saúde na Escola (70,5%). As ações para o cuidado de crianças com excesso de peso não estiveram associadas a nenhuma das características relacionadas aos profissionais participantes (p >0,05), mas os municípios de porte C e D, menores portes, apresentaram uma frequência significativamente maior que os municípios de porte A e B (A/B versus C p= 0,001 ; A/B versus D p<0,001). Entre os recursos repassados para Atenção Primária à Saúde para o desenvolvimento de ações voltadas para obesidade, os mais frequentes relatados pelos profissionais foram o Piso da atenção básica-PAB (86,5%) e o Fundo Nacional de Alimentação e Nutrição-FNAN (84,8%). Apenas o recebimento do Piso da atenção básica apresentou associação com o desenvolvimento de ações voltadas para o cuidado à criança com obesidade (p=0,003). Apesar dos recursos do Programa Crescer Saudável e das verbas do Programa Saúde na Escola, estes programas não apresentaram também associação com o desenvolvimento das ações voltadas para obesidade infantil. Conclusões: Os resultados desta pesquisa mostraram que há existência de políticas públicas em saúde contra a obesidade infantil e vários programas envolvidos nesse processo. Os municípios recebem recursos e verbas destinadas para esta finalidade. Os profissionais da APS atuam tanto nas ações individuais como coletivas para combater a obesidade infantil, e segundo eles, as UBS onde trabalham possuem estrutura e equipamentos adequados para o cuidado à criança com obesidade. Porém, apesar dessas ações e desses recursos, a prevalência de sobrepeso e obesidade infantil continua ainda alta na maioria dos municípios paraibanos. Fato que pode ser justificado pela falta de capacitação e formação dos profissionais da APS sobre o manejo da obesidade infantil, pela falta de ações, em conjunto, entre APS e cuidadores dessas crianças e, por fim, pela deficiência de uma fiscalização eficiente de órgãos competentes.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }