@PHDTHESIS{ 2022:571558531, title = {O trabalho imaterial como potência das personagens mulheres em Maria José Silveira}, year = {2022}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4428", abstract = "O trabalho imaterial é a produção de subjetividade que se expressa através da linguagem, dos afetos, dos pensamentos e de outras abstrações do sujeito trabalhador ou não, diferenciando-se do trabalho material que se utiliza da mão de obra como modus operandi. Estudado nas Ciências Sociais, essa demanda subjetiva de trabalho atravessa a Crítica Literária, não apenas se hibridizando com a própria literatura, como também fazendo surgir um debate produtivo no que se refere às mulheres. Dessa forma, o objetivo da nossa pesquisa se pauta na defesa de que o trabalho imaterial é a potência das personagens mulheres de Maria José Silveira, produzido ao largo – ou dentro – do sistema capitalista, com base em três obras literárias: A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas (2002), Eleanor Marx, filha de Karl (2002) e Pauliceia de mil dentes (2012). A escolha das obras se justifica pela incipiente fortuna crítica sobre a autora desenvolvida até o momento presente, bem como pela recorrência de personagens mulheres em seus livros, as quais se expressam sob o viés da subjetividade. Além disso, nossa tese propõe demonstrar quais as rasuras existentes nos debates acerca da literatura contemporânea, sendo comum, logo, encontrar modos de ler repetitivos e alheios às novas demandas dessa literatura. Sendo assim, analisaremos o trabalho imaterial – produção de subjetividade – em suas múltiplas visões, a partir de autores como Lazzarato (2014; 2019), Gorz (2005), Castiano (2018) Negri (2003); a relação da imaterialidade com a crítica literária e suas porosidades de conceito, a partir de Compagnon (2010), Schmidt (2017), Garramuño (2014), Ludmer (2010), entre outros. Posteriormente, faremos um levantamento de artigos produzidos sobre as obras da autora, a fim de elucidar a fortuna crítica tangente à proposta da tese, a partir de Plácido e Rodrigues (2018), Turchi e Silva (2007), entre outros. Com isso, apresentaremos como a literatura pode ser um maquinário reprodutor de discursos de sujeição social, a partir de Spivak (2010), Justino (2017), entre outros. Após, adentraremos na discussão do trabalho imaterial produzido pelas mulheres dentro da literatura, recolocando o seu “papel” como potência ou como espaços previsíveis, a partir de Foucault (2014), Lazzarato (2021), entre outros; além do levantamento de personagens mulheres em diálogo com o maquinário capitalista, dentro da obra de Maria José Silveira, Eleanor Karl, filha de Marx (2002); por conseguinte, nos encaminharemos para a problemática das mulheres ficcionistas, cujo foco persiste na autoria feminina e suas reproduções de estigmas patriarcais, na autoria de mulheres negras como potência do cerne contemporâneo, a partir de hooks (2019), Lobo (2007), Almeida (2017), entre outros. No último momento, haverá o questionamento dos conceitos da identidade fixa da mulher enquanto dialética da pós-modernidade, com o intuito de perceber o risco que se corre ao acreditar em uma resolução da problemática de gênero, a partir de McLauren (2016), Woodward (2013), Hall (2019), entre outros. Por fim, avaliaremos o corpus de análise sob a perspectiva do trabalho imaterial, aprofundando a leitura das personagens mulheres, no que se refere à voz narrativa e às brechas dos discursos, e reafirmando um diálogo indissociável da literatura com a produção da subjetividade. Nas considerações finais, perceberemos o intercruzamento entre trabalho imaterial e personagens mulheres como potência da literatura de Maria José Silveira, bem como do fenômeno da contemporaneidade, trazendo conclusões que pressupõem o desdobramento de futuras pesquisas.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Centro de Educação - CEDUC} }