@MASTERSTHESIS{ 2022:321962903,
 	title = {A formação de mercados informais de água como alternativa ao colapso do abastecimento público em Cuité - PB},
 	year = {2022},
 	url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4397",
 	abstract = "Os recursos hídricos apresentam-se de forma desigual entre as regiões e, consequentemente, são muitos os estudos que têm como objetivo constatar os fenômenos naturais determinantes de escassez hídrica nos espaços e pelas sugestões técnico-científicas de soluções mitigadoras, como exemplos normativos de formas eficientes de captação ou armazenamento de água. Considerada como elemento central da coesão urbana e da reprodução do poder social, a água, ao adquirir status de elemento mercadológico, trouxe consigo novas formas de conflitos que se articulam em escalas macro, refletindo nos padrões de governança e gestão, que, por sua vez são responsáveis pelos grandes movimentos privatizantes regidos pelas articulações neoliberalizantes, e, para as escalas locais, produzem conflitos de uso e de disposição da água. A cidade de Cuité, no interior da Paraíba, constitui palco de representação desses conflitos, uma vez que o fornecimento de água foi interrompido pela CAGEPA, a partir de 2015, trazendo consigo um protagonismo de agentes privados informais de comercialização de água em diversos níveis técnicos, que vão de fornecedores fixos, carros com receptáculos de água, a encanamentos privados de água. Dessa forma, este estudo teve como objetivo interpretar esse contexto espacial, entendendo como o Estado regula (ou não) essa dinâmica mercadológica, e quais são as mudanças estruturais dessas localidades, estratificando como os diversos agentes se adaptam a esse mercado informal. A pesquisa foi teoricamente imbricada na ecologia política, e teve como hipóteses norteadoras o processo de escassez hídrico como um produto socialmente determinado em contraposição à visão de escassez sob o paradigma da oferta, e o ciclo hidrossocial nas re-produções das territorialidades das vendas de água. Como proposição metodológica, a pesquisa foi conduzida pelo cruzamento histórico de formas de abastecimento da cidade, e com dados geoambientais temporais, seguidos da análise de entrevistas semiestruturadas com 7 diferentes vendedores de água. Os dados apontam que esses vendedores observaram no colapso do abastecimento público oportunidades financeiras das mais diversas, e que, se o Estado voltar com a oferta pública de abastecimento, pode haver baixas na disseminação desses mercados informais, requerendo, entre outras coisas, especialização do serviço. As considerações finais apontaram que, independentemente da irregularidade desses mercados e da falta de controle sanitário de muitas águas comercializadas, esses mercados surgem como únicas alternativas de abastecimento hídrico do município, e que cabe ao Estado anuente ofertar regulamentações e suportes que se adequem à realidade local emergente. Cabe a esse Estado ter papel principal na governança e gestão das águas, alicerçando o direito à água das populações aqui denominado de cidadania hídrica.",
 	publisher = {Universidade Estadual da Paraíba},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - PPGDR},
 	note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP}
}