@MASTERSTHESIS{ 2019:736433885, title = {Você não sabe o que eu caminhei para chegar até aqui: Sofrimento psíquico e itinerários terapêuticos em contextos quilombolas}, year = {2019}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4290", abstract = "As populações do campo e quilombolas vivenciam em seus cotidianos diversas situações de exclusão, desde o acesso à terra, a educação e aos serviços de saúde. Para superar tais dificuldades, essas populações desenvolvem em seus próprios territórios modos de vida diferenciados daqueles encontrados nas zonas urbanas. Especificamente no que diz respeito às questões da saúde, estudos apontam que as populações quilombolas desenvolvem novos sistemas de saúde pautados no saber popular, conhecimentos estes que perpassam gerações. Esta dissertação teve por objetivo geral analisar as concepções de pessoas com diagnóstico de transtorno mental e de seus familiares cuidadores sobre os cuidados em saúde mental e o sofrimento psíquico, residentes em comunidades quilombolas. Para tanto, realizou-se dois estudos complementares, os quais constituíram dois artigos. O primeiro teve por objetivo analisar as concepções sobre o sofrimento psíquico e os cuidados em saúde mental na perspectiva de pessoas com diagnóstico de transtorno mental, residentes em comunidades quilombolas. Já o segundo artigo teve por analisar as concepções sobre o sofrimento psíquicos e os cuidados em saúde mental por familiares de pessoas com diagnóstico de transtorno mental, residentes em comunidades quilombolas. Os estudos se caracterizam como exploratórios, descritivos, com abordagem qualitativa. Participaram, de forma não probabilística e por conveniência, nove pessoas que possuem histórico de sofrimento psíquico e seis familiares/cuidadores. Para a coleta de dados com as pessoas em sofrimento psíquico utilizamos questionário sócio demográfico e entrevista de história oral (relato de vida). Já a coleta de dados com os cuidadores/familiares foi realizada através de questionário sócio demográfico e entrevista em profundidade. A leitura e análise dos dados foi realizada através análise de conteúdo do tipo categorial temática. No primeiro estudo, com as pessoas com sofrimento psíquico, foram evidenciadas três categorias temáticas e dez subcategorias. Em geral, as categorias versaram sobre a percepção dos participantes sobre o sofrimento psíquico; as estratégias de cuidado utilizadas por estes no cuidado em saúde mental e o apoio familiar e comunitário. No segundo estudo, com os cuidadores familiares, emergiram quatro categorias temáticas (Concepções sobre o Sofrimento Psíquico; Estratégias de Cuidado; Cuidado em saúde mental nos serviços de saúde e Relações sociais) e doze subcategorias. Os familiares declaram ter pouco entendimento sobre o transtorno mental. Contudo, os familiares cuidadores estão implicados no processo de cuidado. Em ambos os estudos as práticas de cuidado mais relevantes foram as baseadas no saber popular, como o uso de plantas medicinais e das práticas religiosas, e o saber biomédico, centralizado no uso da medicação. A pesquisa demonstrou a necessidade de fortalecimento dos vínculos comunitários e familiares para melhor efetividade do cuidado territorial. Foi evidenciado, ainda, a ausência das políticas públicas nos territórios e a necessidade de aproximação e diálogo entre o sistema formal e informal.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }