@MASTERSTHESIS{ 2020:760777081, title = {Estrutura da comunidade zooplanctônica e disponibilidade de presas para peixes zooplanctívoros em um estuário antropizado no Nordeste do Brasil}, year = {2020}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4113", abstract = "O zooplâncton está disponível nos estuários atuando como um elo entre as fontes de energia vegetal e as fontes de energia animal. Esse grupo está presente na forma de recurso alimentar para as comunidades de peixes, principalmente os juvenis, que necessitam desses pequenos itens para o seu desenvolvimento. A comunidade zooplanctônica é moldada pela influência dos processos hidrológicos, pela produtividade, pelas variações das condições físico-químicas da água e por fatores bióticos. Por isso, esse grupo é muito utilizado como modelo para estudos em ambientes impactados devido a sua grande sensibilidade às alterações ambientais. O presente estudo teve como objetivo principal verificar a estrutura da comunidade zooplanctônica no estuário do rio Paraíba do Norte, um estuário urbanizado, e comparar a predação sobre esses organismos pelos peixes juvenis pertencentes à guilda dos zooplanctívoros ao longo das zonas estuarinas. As amostragens foram realizadas nas marés de sizígia, na preamar e baixa mar, em seis excursões durante o ano de 2018 ao longo de três zonas estuarinas, dividas pelo gradiente de salinidade. Para o estudo da estrutura da comunidade zooplanctônica, foram realizados três arrastos de subsuperfície nas marés enchentes, utilizando uma rede de plâncton cônico-cilíndrica. Para o estudo da disponibilidade do zooplâncton para os peixes, as amostragens foram realizadas através de um arrasto com a rede de plâncton para a coleta dos organismos do zooplâncton disponíveis e simultaneamente foi realizado um arrasto com uma rede do tipo “beach seine” para coleta da ictiofauna. Em cada arrasto foram coletados parâmetros ambientais de salinidade, temperatura da água (ºC), transparência (cm), profundidade (m), clorofila a (µg/l) e fósforo total (μg/l). O material biológico foi levado ao laboratório para sua contagem e identificação ao menor nível taxonômico possível. Os táxons mais abundantes e que maior contribuíram para a similaridade nas três zonas estuarinas foram Calanoida e Cyclopoida, sempre apresentando pelo menos 35% de contribuição. As menores contribuições de táxons e maiores densidades ocorreram na zona intermediária devido a maior influência da concentração de nutrientes nessa zona, permanecendo principalmente os táxons Calanoida e Cyclopoida. Embora haja uma maior predominância desses táxons, os valores de seletividade de presas pelos peixes zooplanctívoros foram maiores para outros itens alimentares, apontando a preferência por itens menos abundantes. A seletividade também está relacionada às características morfológicas dos peixes, no qual apresentaram correlações com os tamanhos dos itens, indicando que as espécies selecionam o alimento de acordo com suas capacidades de detectar e capturar as presas, seguindo a Teoria do Forrageamento Ótimo. Esses resultados enfatizam a importância do estudo das comunidades estuarinas frente às alterações ambientais em um cenário de crescente urbanização. O estudo da disponibilidade alimentar para os peixes estuarinos, principalmente os juvenis, permite compreender a dinâmica da cadeia alimentar no segmento pelágico e prever as possíveis alterações no fluxo energético. A disponibilidade de recursos alimentares para os estágios iniciais das espécies de peixes influencia no estoque de peixes futuros e dessa forma, o estudo da disponibilidade atua como uma ferramenta para alternativas de conservação e gestão dos recursos pesqueiros desses ecossistemas costeiros.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }