@MASTERSTHESIS{ 2020:913735429, title = {Relação do ambiente obesogênico e das práticas parentais com o estado nutricional de adolescentes}, year = {2020}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4057", abstract = "A obesidade é um problema de saúde pública que afeta precocemente a saúde de crianças e adolescentes. Dentre os diversos fatores envolvidos na sua etiologia estão aspectos do ambiente no qual as pessoas vivem, denominados de obesogênicos, bem como as práticas parentais, que podem favorecer o consumo alimentar não saudável e o sedentarismo, com consequente ganho de peso. Diante disso, avaliou-se a relação do ambiente obesogênico e das práticas parentais com o excesso de peso (sobrepeso/obesidade) em adolescentes escolares. Tratou-se de um estudo caso-controle aninhado em um estudo de intervenção conduzido com estudantes de ambos os sexos, com idade entre 12 e 16 anos, de escolas públicas de Campina Grande, Paraíba, Brasil, sendo definidos como casos os adolescentes com índice de massa corporal ≥ +2 escores-z (obesidade) e aqueles com sobrepeso (≥+1 escore-z e < +2 escore-z) e, como controles, os eutróficos (≥ -2 escore-z e < +1 escore-z), pareados por sexo, idade e turma. A amostra final foi composta por 148 adolescentes, sendo 80 casos e 68 controles, além de seus pais/cuidadores. Foram avaliadas características sociodemográficas dos adolescentes e seus pais/cuidadores, além do estado nutricional. Para avaliar o ambiente obesogênico, investigou-se aspectos do entorno domiciliar, características do deslocamento dos adolescentes, comportamentos sedentários e alimentares, todos através de formulário. Já em relação às práticas parentais educativas, avaliou-se através de três fatores descritos no questionário de alimentação da criança (QAC) ajustado para este estudo. As análises estatísticas foram realizadas no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0. Para testar a associação, entre casos e controles, com as variáveis demográficas, biológicas e relativas ao ambiente obesogênico e práticas parentais foi calculada a Odds Ratio (OR), adotando como categoria de referência a de menor risco. Utilizou-se o teste do qui-quadrado de Pearson, com correção de Fisher, quando necessário. Para todas as análises foi considerado o intervalo de confiança de 95%. Foi possível observar que a maioria eram: do sexo feminino sendo 55% nos casos e 45% controles; tinham mais de 12 anos de idade 53% dos casos e 48% nos controles; residentes com o pai e/ou mãe 53% nos casos, e 47% nos controles. Com relação ao estado nutricional, 48 (32,4%) apresentaram sobrepeso, 32 (21,6%) obesidade e 68 (46,0%) eutrofia. Dentre os cuidadores: a maioria tinha menos de oito anos de escolaridade, sendo 59% nos casos e 41% nos controles; e no estado nutricional classificado como sobrepeso/obesidade (79,1%), sendo 62% nos casos e 38% nos controles, mostrando-se associado ao estado nutricional do adolescente (OR = 5,688, p<0,01). Quanto ao ambiente obesogênico, com relação às características do entorno do domicílio não houve associação estatisticamente significante com o estado nutricional dos adolescentes, assim como com comportamentos sedentários e hábitos alimentares considerados inadequados. Registrou-se um elevado percentual de adolescentes que não praticam atividade física fora da escola (66,2%), que passam pelo menos duas horas diárias diante de telas (85,8%) e que gastam menos do que esse tempo em atividades que fazem correr (79,7%); além disso, todos relataram comer fora de casa pelo menos cinco vezes na semana. Em relação às práticas parentais, verificou-se maior percentual de sobrepeso/obesidade entre os adolescentes submetidos a práticas restritivas relativas ao consumo de doces; já em pressão para comer observou-se, entre os cuidadores que discordam desta prática, uma proporção significativamente maior de adolescentes com sobrepeso/obesidade; e verificou-se um maior percentual de crianças com excesso de peso entre os pais/cuidadores que relatam monitorar o consumo de alimentos calóricos na maior parte do tempo. Assim, conclui-se que, embora as características do ambiente obesogênico não tenham se mostrado associadas ao estado nutricional do adolescente, quando aliado a práticas parentais educativas negativas, aumenta-se o risco de os adolescentes desenvolverem sobrepeso e obesidade, principalmente no tocante estado nutricional dos cuidadores.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }