@MASTERSTHESIS{ 2012:715317635, title = {Ficção de guerra: maus, de Art Spiegelman}, year = {2012}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4087", abstract = "Esta pesquisa tem como corpus as Histórias em Quadrinhos Maus. Propomos uma reflexão sobre a formação das Histórias em Quadrinhos, levando em consideração sua intersemiose, o cruzamento do escrito, do visual e do sonoro e suas implicações para as relações entre memória e testemunho, fundamentais para se compreender a narrativa proposta. Isso posto, a obra em estudo, levanta questões que nos levam a repensar o lugar da própria HQ, comumente associada apenas ao entretenimento e à comunicação de massa. Nosso objetivo é compreender como a fronteira tênue entre ficção e realidade torna-se complexa a qualquer apreensão simples da História e, portanto, do passado, tanto individual quanto coletivo; e como um meio de massa é capaz de acioná-la. O estudo da HQ mostrará um momento distinto da “história do testemunho” na pós-modernidade. Ao estudarmos esta obra supracitada, vemos que, na medida em que objetiva tornar representável a uma realidade desumanizadora e até certo ponto quase indizível, o ato de narrar é, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre as possibilidades da narrativa em “tempos pós-modernos”. No primeiro capítulo, esboçamos o caráter particular da obra, como testemunho de um sobrevivente de um evento traumático e a íntima relação entre a memória individual e como desdobramento a coletiva. No segundo capítulo, objetivamos estabelecer as relações entre História em Quadrinhos, ética e política, visando compreender como se efetiva o engajamento de algumas obras que tem, sobretudo, propostas ideológicas que vão ao encontro das minorias sociais. Para tanto, tomamos como escopo as produções recentes referentes à questão judia, através de autores como Will Eisner e Art Spiegelman. No terceiro capítulo, visamos uma sóciosemiótica das Histórias em Quadrinhos, analisando-as como uma linguagem híbrida, na qual o sonoro, o imagístico e o verbal estão intimamente imbricados. A compreensão das semioses se torna necessária, na medida em que os signos nos apontam indícios para o entendimento da própria obra. Esta premissa, nos conduz a analisar a metáfora visual criada pelo Spiegelman: a do jogo entre gatos e ratos, além de nos possibilitar também como avaliar a composição da própria capa, apresentando a intrínseca relação entre os signos e a memória. No quarto capítulo, percorreremos as linhas da História sobre o Holocausto, percebendo como o autor se apropria de fatos históricos, criando representações ficcionais singulares acerca deste evento. O diálogo entre História e Artes é definido como ponto fundamental para compreendermos a forma como algumas dessas representações nos são colocadas. Tanto as táticas de sobrevivência do povo judeu, como as estratégias de vigilância, assim como o controle e punição do sistema nazista são apresentadas como representações e é o que buscamos identificar. Para tanto, como princípios teórico-metodológicos, utilizaremos as contribuições de Pierce, Santaella, Darnton, Benjamim, Berman, Deleuze Siligmann, Le goff, dentre outros.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Centro de Educação - CEDUC} }