@MASTERSTHESIS{ 2018:672192755, title = {Marcas da negritude: Estudo sobre as relações intersubjetivas do trabalho de professoras negras}, year = {2018}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3598", abstract = "A presença do racismo nas situações de trabalho e suas consequências para a subjetividade dos professores negros e negras das escolas públicas é complexa e proporciona desafios extremos. Neste sentido, este trabalho analisa a presença do racismo nas situações de trabalho e suas con- sequências para o sofrimento psíquico dos professores negros e negras das escolas públicas do Ensino Fundamental I e II. É uma pesquisa de caráter qualitativo, e teve como pressuposto teórico-metodológico a Psicodinâmica do Trabalho que tem como método de ação e interven- ção a clínica do trabalho. Tendo sido realizada em uma escola pública do município de Campina Grande –PB, em que foram utilizadas na pesquisa as técnicas de observação do trabalho, apli- cação de questionário sócio demográfico, diário de campo, grupos de discussão e roteiro de entrevista. Participaram da pesquisa cinco professoras que trabalham em escolas do Ensino no Fundamental I e II. Os resultados denunciam as posturas racistas nas relações intersubjetivas de trabalho, que são provocadoras de sofrimento como também geradoras de adoecimento entre as professoras. Ao trazerem para a superfície dos seus questionamentos às vivências traumáticas provocada pelo racismo aberto (ataques verbais, rejeição e preterição por serem negras, impe- dimento de realizar seu exercício profissional) e velado (inúmeras dificuldade de acesso tanto de materiais escolares quanto de sociabilidade), sinalizam para as consequências danosas que o racismo ocasionaram para as professoras participantes da pesquisa. Repercussões que vão desde pedido de transferência da escola onde sofreram racismo, isolamento dentro do ambiente de trabalho, até uma possível “desorganização psíquica” ocasionada pelas posturas racistas, comprometendo à saúde mental de algumas das professoras. Os dados da pesquisa permitem afirmar que o sofrimento e o adoecimento são manifestações das vivências das professoras par- ticipantes da pesquisa, como também de todas os(as) professores(as) da escola, sendo apresen- tado como algo comum a todos(as). Porém, as professoras participantes consensualmente apre- sentam que as professoras negras tendem a se desdobrem mais devido não só a pressão externa (da escola) como também através da auto cobrança, a fim de mostrarem suas competências, que são por vezes questionadas, por serem negras. Essa questão aponta para um perfil de profissio- nal que são afetados de forma mais intensa pela sobrecarga no trabalho: as professoras mulheres e negras. Diante disso, o estudo em questão aponta para a necessidade urgente de mudanças estruturais na dinâmica das relações intersubjetiva de trabalho entre grupos étnicos diferentes, principalmente no tocante aos espaços públicos escolares enquanto instituições ativamente re- produtoras de racismo, em que professores/as, principal elemento de mudança na organização, encontram-se atingidos e mitigados pelo preconceito racial. Espera-se, com os resultados desta pesquisa, despertar nas educadoras a importância de se levar em consideração a temática do racismo em suas relações de trabalho, a fim de superá-las.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }