@MASTERSTHESIS{ 2018:1003538470, title = {Enfrentamento da tuberculose pelos doentes privados de liberdade}, year = {2018}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3352", abstract = "Introdução:A tuberculose persiste como um grave problema de saúde pública nas prisões do mundo. No ambiente prisional o cotidiano do doente é marcado por inseguranças, estigmas, medos e limitações impostas pela situação de encarceramento que acontece em meio a um cenário hostil e violento. Assim, para lidar com a doença nesses espaços é impresci ndível conhecer as singularidades dos doentes, a influência das relações interpessoais e as necessidades em saúde durante o processo de enfrentamento da tuberculose. Objetivo:Compreender a vivência dos doentes privados de liberdade no processo de enfrentamento da tuberculose.Metodologia: Delineou-se um estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa, desenvolvido em um complexo penitenciário masculino, situado no município de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, Brasil, em outubro de 2017. A amostra censitária incluiu todos os 16 reclusos que estavam entre o quarto e o sexto mês de tratamento antituberculose. Os dados foram coletados na unidade penitenciária por meio de uma entrevista estruturada áudio gravada e analisados por meio da abordagem hermenêutica dialética. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba sob o número: 52879215.4.0000.5187. Resultados: O adoecimento da tuberculose nas prisões altera drasticamente o cotidiano do doente e sua relação com seus pares, o doente tende a ser segregado do seu meio social em decorrência do estigma e do medo que seus contatos têm de serem infectados, tal situação influencia negativamente no enfrentamento da doença e causa grande sofrimento emocional para o doente, além disso, o diagnóstico desperta sentimentos negativos como a tristeza, angústia e medo da morte, especialmente pelas limitações impostas pelo confinamento determinadas pelas fragilidades da estrutura física, como celas lotadas, úmidas e mal ventiladas, carências nutricionais e dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Por outro lado, o sofrimento é suavizado pela crença religiosa, vontade de viver e apoio dos companheiros de cela e profissionais de saúde, fatores que auxiliam o doente a enfrentar o tratamento. A informação em saúde sobre a tuberculose foi destacada como aspecto positivo na consecução do tratamento, pois quando os doentes e seus pares são elucidados sobre a tuberculose, estigmas e preconceitos são superados e a relação interpessoal é restituída. Além disto, foi possível identificar que a interação com os profissionais de saúde estava relacionada mais à entrega da medicação, alguns doentes estavam satisfeitos com a assistência prestada e outros insatisfeitos em decorrência do vínculo enfraquecido e das necessidades de saúde. Considerações finais:Para auxiliar os doentes no enfrentamento da tuberculose, um cuidado mais humano e centralizado nas necessidades e singularidades de cada ser deve ser considerada.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }