@PHDTHESIS{ 2017:1561646120, title = {Agravos bucais em crianças e adolescentes com paralisia cerebral: Fatores associados e impactos na qualidade de vida}, year = {2017}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3312", abstract = "A avaliação dos fatores associados aos agravos bucais e do impacto desses agravos na qualidade de vida de crianças e adolescentes com Paralisia Cerebral (PC) é necessária para compreender a saúde bucal dessa população. O objetivo desse trabalho foi avaliar a prevalência e fatores associados a má oclusão em crianças e adolescentes com PC, bem como descrever a Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde (QVRS) e Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB) e verificar o impacto dos agravos bucais na QVRSB, de acordo com a percepção dos cuidadores. Realizou-se um estudo transversal, cuja população foi composta por 149 indivíduos de 2 a 18 anos, matriculados em 5 instituições públicas que oferecem reabilitação física para pessoas com deficiência em João Pessoa, Paraíba e pelos seus cuidadores. Os dados clínicos referentes à PC foram obtidos dos prontuários, enquanto os cuidadores forneceram as informações socioeconômicas, comportamentais, sistêmicas, de QVRS (PedsQL 4.0) e QVRSB (PedsQL 3.0 Saúde Bucal), por meio de entrevista. Todos os participantes foram examinados, por um pesquisador calibrado (K= 0,72-1,00), quanto à ocorrência de cárie dentária (ceo-d e CPO-D), condição periodontal (ISG e IPC), condição oclusal (má oclusão e DAI) e frequência de traumatismo dentário (LTD). Os escores de QVRS e QVRSB foram transformados em uma escala de 0-100 e dicotomizados em ausência ou presença de impacto (Escore<50). As comparações dos escores do DAI e dos questionários de QVRS e QVRSB foram realizadas por meio dos testes Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Possíveis associações também foram verificadas com as análises bivariada e multivariada de Regressão de Poisson (α=0,05). Na avaliação de má oclusão, observou-se nas dentições decídua e mista (n=108), sobressaliência aumentada (74,8%), mordida aberta anterior (49,1%), mordida cruzada posterior (21,0%) e mordida cruzada anterior (2,8%). A sobressaliência aumentada mostrou associação com hipotonia labial (RP=1,63, IC95%=1,08-2,45) e habilidade de comunicação moderada (RP=0,79; IC95%=0,68-0,91). A mordida aberta foi associada a interposição de lábio (RP=1,57; IC95%=1,10-2,26) e a não realização da sucção de chupeta após os primeiros 24 meses (RP= 0,67; IC95%=0,48-0,95). Na avaliação dos pacientes com dentição permanente (n=40), 95,0% apresentaram má oclusão grave ou muito grave. Os valores do DAI foram maiores nos indivíduos com tetraparesia ou diparesia, respiração bucal, alimentação de consistência líquida, hipotonia labial e que realizaram sucção de chupeta até os primeiros 24 meses ou mais de idade (p<0,05). Enquanto que na avaliação da qualidade de vida, o escore médio de QVRS foi 50,3 ± 10,2, com maior comprometimento do aspecto físico (28,2 ± 16,7). Já o escore médio da QVRSB foi 78,0 ± 24,6. A frequência de impacto na QVRSB foi de 12,1% e sua presença mostrou associação com sexo feminino, faixa etária de 10 a 18 anos, presença de refluxo gastroesofágico e de cárie dentária (p<0.05). Conclui-se que os indivíduos com PC apresentaram alta prevalência de má oclusão e associação dessa frequência com os fatores sistêmicos e comportamentais. Além disso, as crianças e adolescentes com PC apresentaram baixos escores de QVRS, principalmente no domínio físico. A frequência de impacto na QVRSB foi baixa e se mostrou associada ao sexo, idade, refluxo gastresofágico e cárie dentária.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Odontologia - PPGO}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }