@MASTERSTHESIS{ 2018:403175337, title = {O que pode o consultório na rua? Considerações a partir da clínica da atividade}, year = {2018}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3208", abstract = "Neste estudo, apoiado na perspectiva teórico-metodológica da Clínica da atividade, investiga-se o desenvolvimento do poder de agir de profissionais do programa Consultório na Rua (CnaR). Trata-se de um programa da Atenção Básica (AB) do Sistema Único de Saúde (SUS), criado em 2012, com o objetivo de promover o cuidado integral à população em situação de rua (PSR). A investigação utilizou os métodos de Instrução ao sósia e Oficina de Fotos, conforme a Clínica da atividade. Participaram da pesquisa 14 profissionais de 4 equipes. Os resultados sinalizam a existência de coletivos de trabalho enquanto gêneros profissionais, com patrimônios transpessoais de recursos técnicos e afetivos que instrumentalizam na realização da atividade de trabalho. Nesse sentido, entre outros, destacamos o uso do vínculo afetivo como um potencializador do cuidado nas relações interpessoais que permeiam o trabalho. O uso desse recurso implica em um trabalho coletivo de mudanças perceptivas com relação ao preconceito à PSR, como um pressuposto pessoal na realização de um trabalho bem-feito. O medo e o sofrimento ético-político foram os afetos mais ressaltados. O medo comumente foi refuncionalizado, deixando de causar afastamento e passando a provocar medidas de proteção durante as abordagens à PSR. O sofrimento ético-político, por sua vez, apareceu como um mobilizador para a ação, promovendo mais sentido ao trabalho entre os pesquisados. Percebemos, ainda, que o CnaR, em sua dimensão prescrita, aparece como um ofício que estimula o profissional desenvolver seu poder de agir e provoca pela efetivação do SUS em seus princípios constitucionais. Porém, alguns elementos se mostraram limitadores desse desenvolvimento. Entre eles, podemos citar, a discriminação nos serviços acessados, as dificuldades interpessoais nas relações hierárquicas e a fragilidade do vínculo empregatício. Constatamos que as equipes realizam ações mais voltadas ao cuidado de agravos à saúde do que relacionadas às determinações sociais da doença ou à promoção da saúde. O uso da metodologia da Clínica da atividade mostrou-se valiosa e foi demandada, pelos profissionais participantes, a continuidade de seu uso como uma alternativa de cuidado com as equipes e os profissionais do CnaR. Por fim, entendendo a PSR como uma expressão da questão social e o CnaR como um ofício recente e estratégico, ressaltamos a pertinência de mais estudos para aprofundar as problemáticas levantadas.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }