@MASTERSTHESIS{ 2017:1886727631, title = {Epidemiologia e fatores de risco para câncer de pênis no estado da Paraíba}, year = {2017}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3200", abstract = "Introdução: O câncer de pênis é uma doença rara em países desenvolvidos mas uma realidade em países subdesenvolvidos e poucas publicações sobre o tema, sua epidemiologia e fatores de risco estão disponíveis. O Brasil possui uma das mais altas taxas de incidência do mundo e se observa o aumento da mortalidade no Brasil e na Paraíba. Estudos anteriores relacionaram a doença com fimose, tabagismo, promiscuidade sexual e baixas condições de higiene. Objetivo: O presente estudo tem o objetivo principal de avaliar as características epidemiológicas, os fatores socioeconômicos, hábitos de vida e sexuais, possíveis fatores de risco e apresentação histopatológica dos pacientes com câncer de pênis no estado da Paraíba. Métodos: Foram analisados, em um estudo retrospectivo, dados de pacientes com câncer de pênis, atendidos em dois hospitais de referência no estado da Paraíba - Brasil, entre os anos de 2012 e 2017. O levantamento estatístico foi realizado com a ajuda do software SPSS (IBM company; version17) e o trabalho foi aprovado pelo comitê de ética dos hospitais levando em consideração a resolução 466/2012. Resultados: Foram analisados 103 pacientes com câncer de pênis.A maior frequência foi observada nas regiões metropolitanas de João Pessoa e Campina Grande e observada entre a 6ª e 7ª década de vida (46,4%). A maioria dos pacientes eram agricultores (69,9%), casados (81,5%), pardos (78,1%), católicos (92,2%), tinham ensino fundamental incompleto ou eram analfabetos (54,7 e 40%) e recebiam menos de dois salários mínimos como renda (93,8%). Fimose, tabagismo, etilismo e uso de agrotóxico (68,9%, 58,8%, 73,1%, 52,6%) estavam presentes em maior percentagem de pacientes, assim como a multiplicidade de parceiras (56,2%). O carcinoma espinocelular estava presente em 96,8% dos casos, 64% eram moderadamente diferenciados e 70,3 % tinham alterações sugestivas de papillomavirus humano-HPV. Conclusões: O trabalho desenhou o perfil epidemiológico do câncer de pênis no estado da Paraíba até então não descrito e encontrou possíveis novos fatores de risco suspeitos para a doença.A elevada frequência de fatores de risco como fimose, tabagismo, HPV e multiplicidade de parceiras confirmam as evidências já consolidadas na literatura, porém também foi encontrada uma frequência elevada de pacientes que fizeram uso de agrotóxicos e de álcool que são fatores de risco ainda pouco avaliados para o câncer de pênis e que podem estar associados com a doença. O alto número de pacientes agricultores reforçam o possível envolvimento dos pesticidas com a origem da doença. Políticas públicas que abordem a melhoria no nível de instrução da população, orientação sobre higiene genital e educação sexual, acesso à atendimento especializado, postectomia, vacinação contra HPV e combate ao tabagismo ajudariam na redução de aparecimento de novos casos da doença.O incentivo à pesquisa de novos fatores de risco também ajudariam na melhor prevenção da doença.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }