@MASTERSTHESIS{ 2017:662041568, title = {Saúde mental na atenção básica em casinhas-PE: Um estudo de caso em um município de pequeno porte}, year = {2017}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3192", abstract = "No Brasil, a atenção básica assume posição estratégica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), pois representa, através da Estratégia Saúde da Família (ESF), a porta de entrada para esse sistema. Nesse contexto, o desenvolvimento de ações em saúde mental na atenção básica é impulsionado pela inclusão da Reforma Psiquiátrica na agenda brasileira de implementação de políticas públicas de saúde. A atenção básica e a Reforma Psiquiátrica compartilham princípios e diretrizes, objetivando a superação das limitações do modelo biomédico e a construção de um modelo dinâmico, complexo e não reducionista de atenção à saúde, o modelo psicossocial. Preconiza-se que programas e ações em saúde mental sejam incorporados aos serviços de atenção básica de maneira articulada aos serviços especializados. Contudo, nas cidades pequenas, cuja população não é superior a 20.000 habitantes, a atenção em saúde mental deve ser estruturada a partir dos serviços de atenção básica, especialmente, da ESF. Mediante o exposto, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar como se caracteriza a atenção em saúde mental no nível de atenção básica no município de Casinhas/PE. Os objetivos específicos foram: caracterizar a rede de atenção em saúde mental no município de Casinhas; compreender como a atenção básica tem recebido e atendido a demanda em saúde mental no município; analisar os sentidos que os profissionais, familiares e usuários constroem sobre a atenção em saúde mental no nível de atenção básica; e identificar, nas práticas discursivas de profissionais, familiares e usuários as avaliações e as expectativas que produzem sobre a atenção em saúde mental no nível de atenção básica no referido município. O referencial teórico adotado foi a proposta de estudo das produções de sentidos a partir da análise das práticas discursivas. Para desenvolver esta pesquisa, optamos por uma abordagem de cunho qualitativo, delineada como estudo de caso único, ao delimitar como subunidades de análise as práticas discursivas de profissionais, familiares e usuários. Os procedimentos metodológicos adotados foram: consulta em documentos de domínio público, realização de observações no cotidiano, realização de entrevistas semiestruturadas e o registro em diário de campo. Foram entrevistadas 31 pessoas, sendo 14 (catorze) profissionais, 9 (nove) usuários e 8 (oito) familiares. Para analisar as práticas discursivas, recorremos aos mapas dialógicos como técnica de análise, conforme propõe o referencial teórico adotado. No processo de análise das práticas discursivas foram definidos três eixos analíticos: caracterização da atenção em saúde mental na atenção básica; avaliações sobre a atenção em saúde mental na atenção básica e expectativas sobre a atenção em saúde mental na atenção básica. No que se refere ao primeiro eixo, ressalta-se que o serviço se desenvolve a partir de práticas como identificação da demanda em saúde mental e encaminhamento para especialistas, sobretudo, psiquiatras e visitas domiciliares. A articulação entre os profissionais, serviços de saúde e assistência social são pautados pelo especialismo e o uso de medicamentos. Os relatos valorizam muito pouco a utilização de estratégias sociocomunitárias. No que diz respeito ao segundo eixo, as avaliações apontam para aspectos positivos da atenção ofertada relacionados à interação, ao desenvolvimento, proporcionados aos usuários participantes de um grupo de saúde mental que existiu no município, ao trabalho multiprofissional, à proximidade do serviço e ao acesso ao medicamento. Sobressaem-se, no entanto, nos relatos, limitações relacionadas à falta de recursos humanos e institucionais. A família e os usuários são responsabilizados pela efetivação do cuidado. Ressalta-se, também, o pouco investimento governamental no desenvolvimento de ações de saúde mental. Quanto ao terceiro eixo, as expectativas se relacionam com a manutenção do modelo médico hegemônico. No entanto, sobressaem-se sentidos produzidos numa perspectiva que se aproxima da construção de uma compreensão mais ampliada da atenção em saúde mental na atenção básica. Embora, nos relatos dos nossos entrevistados, observe-se uma tímida sinalização de um processo de incorporação de alguns aspectos do modelo psicossocial (que ainda não se refletem no campo prático), os resultados desta pesquisa convergem para a compreensão de que a assistência em saúde mental no município de Casinhas/PE é caracterizada por uma ênfase no modelo médico hegemônico e, por extensão, na Psiquiatria. Portanto, ainda distante do que preconizam a Política Nacional de Saúde Mental (PNSM) e a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde - PPGPS}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }