@MASTERSTHESIS{ 2015:1923054133, title = {O processo de coleta de dados sobre pessoas com deficiência na atenção básica: A confiabilidade dessa informação para uso em pesquisas científicas e definição de políticas públicas}, year = {2015}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2980", abstract = "OBJETIVOS: Neste trabalho, elaboramos um instrumento de coleta de dados sobre Pessoas com Deficiência (PcD) para uso na Atenção Básica, analisamos o processo de coleta e avaliamos a confiabilidade da informação para uso em pesquisas científicas e definição de políticas públicas; sendo os resultados apresentados em três artigos científicos. RESULTADOS: Na revisão sistemática da literatura sobre o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), foram identificados 174 trabalhos, sendo 53 selecionados para análise. Em 73% dos estudos, o SIAB respondeu questões interesse local, principalmente sobre populações do sudeste brasileiro (47%). A categoria “o SIAB como fonte de dados” incluiu 35 estudos (66%), sendo que 18 deles usaram dados cadastrais demográficos e sociossanitários e outros nove dados sobre agravos, especificamente hipertensão e diabetes. Na categoria “o SIAB como objeto de estudo”, foram reunidos 18 trabalhos dos quais 12 usaram métodos qualitativos para descrever conhecimentos e práticas dos profissionais em relação ao sistema de informação. Esses autores apontaram problemas no processo de produção e consolidação da informação, principalmente devido à falta de capacitação e de supervisão dos agentes comunitários de saúde ou a alienação e burocratização do seu processo de trabalho. Entretanto, somente duas pesquisas investigaram a confiabilidade da informação referente ao cadastramento das famílias gerada no sistema, apontando que a informação é fidedigna. No segundo artigo, avaliamos as competências e habilidades de agentes comunitários de saúde (ACS) para realizar pesquisa científica. Onze ACSs participaram de um curso de formação continuada com apoio de material didático a fim de subsidiar a aplicação de uma ficha de coleta de dados sobre pessoas com deficiência (PcD). Cada ACS entrevistou duas PcD, repetindo o mesmo procedimento quinze dias depois (teste e reteste). Ao todo, foram gravadas 50 entrevistas em vídeo (25 na etapa “teste” e 25 no “reteste”), as quais foram transcritas integralmente para análise de conteúdo. Criou-se quatro categorias de análise, que foram subdivididas em dez subgrupos com a descrição das competências mais adequadas para coleta de dados sobre PcD. Os resultados mostraram que a maioria dos profissionais possuía mais de 60% das competências e habilidades para realizar pesquisas epidemiológicas; entretanto, houve grande variação no desempenho. Essa variação poderia ser explicada pelas diferenças em relação à escolarização, formação técnica dos ACS e compromisso com as atividades de pesquisa. No terceiro artigo, um estudo transversal de base populacional, realizado em dois municípios do Nordeste brasileiro, foi verificado que a prevalência de PcD estimada pelos ACSs foi de 2,5% enquanto os pesquisadores calcularam 6,2%, mostrando uma subestimativa de 4%. O valor de concordância (Kappa), considerando a totalidade dos dados analisados (2.589 itens), dos ACS comparativamente aos dos pesquisadores foi de 0,808 (p<0,01), ou seja, há uma concordância quase perfeita da informação colhida na Atenção Básica. CONCLUSÃO: O instrumento proposto mostrou ser uma alternativa viável para qualificar a informação sobre PcD na Atenção Básica. Os ACSs mostraram capacidade para realizar registros com alto grau de confiabilidade, embora a captação de PcD para determinação de prevalência tenha sido prejudicada possivelmente devido ao processo de trabalho.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }