@PHDTHESIS{ 2017:1369105134, title = {Do "amor" que dizem o nome: as representações das lesbianidades no cordel}, year = {2017}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2925", abstract = "Esse trabalho nasceu diante da percepção de que o ato de nomear as lesbianidades representa existência, em detrimento de um silenciamento histórico construído no intuito de negligenciar as lésbicas e suas práticas como estratégia de marginalização e obscurecimento. Tomando a Literatura de Cordel como texto literário representativo das lesbianidades, selecionamos 10 cordéis em um universo de aproximadamente 42 mil. Usamos dois critérios para a seleção dos cordéis: o primeiro, a nomeação atribuída às mulheres tidas como lésbicas, desde que as problematizassem; o segundo, a alusão a qualquer termo ou expressão que as configurasse, mesmo que não as protagonizasse. A pesquisa foi organizada em três capítulos, No primeiro, intitulado, Sapatão é “Revolução”, defendemos a produtividade dos termos e/ou expressões presentes no cordel Chica Bananinha, a sapatão barbuda de lá da Paraíba (MACHADO, 1984), que foi produzido por um cordelista tradicional que vem de um lugar social conservador. No segundo, intitulado, “Não se trata de rótulo, se trata de identidade”, problematizamos em discordância dos estudos queers, propondo uma análise através da positivação da construção identitária das lésbicas e sua visibilidade, no qual analisamos quatro cordéis, A briga de um gay com uma mulher macho (2009) de Manoel Monteiro da Silva (Manoel Monteiro); O homossexual (2010), de Raimundo Nonato da Silva; A briga do travesti Paulete da Lapa com a Maria Sapatão (2011); de autoria de Isael de Carvalho; A confusão da sapatão com a ronda do quarteirão (2008), de Jair Moraes. No terceiro, O cordel de militância: luta política, higienização e ruptura de um éthos, discutimos teoricamente o processo de higienização, luta política e o éthos da felicidade apresentado pelos cordéis militantes. Nesse capítulo, analisamos os cordéis: Chica gosta é de mulher (2013), de Jarid Arraes; Homossexualidade história e luta (2009), de Fernando Antônio Soares dos Santos, pseudônimo Nando Poeta do Rio Grande do Norte, e Varneci Nascimento, e, por fim, Lesbecause (2008), Maria, Helena (2008) e Dia do Orgulho Gay (2009), de autoria de Salete Maria da Silva. Quanto ao embasamento teórico, dentre os conceitos e autores aqui apropriados, contamos com os apontamentos de Foucault (1988) e Platão (2001), para problematizarmos o ato de nomear, sua historicidade e representação; Butler (2000) e Louro (2008), para a discussão sobre os estudos queers, seu conceito, as estratégias desses estudos e as significações da palavra queer. Utilizamos o conceito de lesbianidades após uma operação historiográfica a partir de Mott (1987), Viñuales (2002), Swain (2004), Hall (1997) para a discussão de identidade, dentre outros. Assim, essa tese defende que o nomear, per si, é o reconhecimento da existência, um atestado da visibilidade. Compreendemos que o nomear contribuiu muito mais para visibilizar de forma produtiva, política e identitária as lésbicas não só tirando-as do limbo, mas transformando-as em sujeitos históricos e muitas vezes protagonistas de seus afetos, seus corpos, seus amores, suas práticas da sexualidade, dando- lhes a possibilidade de escolher e se apropriar ou não das identificações.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }