@MASTERSTHESIS{ 2016:1118543832, title = {Histórias de vida de mulheres condenadas pelo tráfico de drogas: um estudo sobre identidade de gênero}, year = {2016}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2998", abstract = "A criminalidade feminina tem experimentado expressivo crescimento nos últimos anos, notadamente no que se refere ao tráfico de drogas. Normalmente, o envolvimento de mulheres com o tráfico é explicado pela tese do amor bandido, em que a figura masculina é vista como determinante, como se a mulher tivesse uma ―natureza‖ menos transgressora e agisse submissa à vontade do homem. Partindo do pressuposto de que esta explicação está fundada nas construções hegemônicas de gênero, que produzem um gênero binário, hierárquico e oposicional (BUTLER, 2015), essa pesquisa teve como objetivo geral investigar a construção da identidade de gênero de mulheres condenadas com sentença transitada em julgado ou que ainda respondiam a processos criminais pelo crime de tráfico de drogas, no Presídio Regional Feminino de Campina Grande-PB, a partir de suas histórias de vida. Os objetivos específicos foram: identificar se essas mulheres constroem os relatos posicionando-se como vítimas para justificar o ingresso no crime e/ou se elas se posicionam como protagonistas desse evento; e. identificar os repertórios utilizados por elas, atentando para as permanências e rupturas nos posicionamentos relacionados aos discursos hegemônicos sobre o gênero. A identidade de gênero foi aqui tratada enquanto construção discursiva, principalmente a partir da perspectiva de Judith Butler e Joan Scott. O método utilizado nesta pesquisa foi a História Oral, sendo colhidas oito narrativas de histórias de vida. Na análise de dados, foi utilizado o método proposto por Mary Jane Spink, que trabalha com os mapas dialógicos como técnica de análise de dados, os quais serviram para compreender o processo de interanimação dialógica e visualizar os posicionamentos assumidos pelas entrevistadas. Nos resultados, observou-se que as identidades dessas mulheres são construídas de forma bastante complexa, em meio a inúmeras contradições e ambivalências. A principal estratégia discursiva utilizada pelas narradoras foi apresentar elementos externos a sua vontade como determinantes para seu ingresso no tráfico: embora a influência masculina tenha sido recorrente nos discursos, outros fatores também apareceram, como a necessidade econômica, os relacionamentos afetivos, a falta de estabilidade e a violência familiar. Na maioria dos casos, as narradoras construíram posicionamentos identitários estabelecidos para o gênero feminino, embora também tenham se posicionado de forma subversiva diante das normas de gênero – neste caso, comumente como ―desvio‖ à heteronormatividade, sem questionamentos sobre as ―verdades‖ estabelecidas socialmente.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - PPGSS}, note = {Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - CCSA} }