@MASTERSTHESIS{ 2016:478634648, title = {A divisão sexual do trabalho na produção da sulanca em Santa Cruz do Capibaripe - PE}, year = {2016}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3246", abstract = "Esta pesquisa teve como objetivo analisar a configuração da divisão sexual do trabalho no mix casa/fabrico da cidade de Santa Cruz do Capibaribe/PE. Utilizei de metodologia com abordagem quanti-qualitativa e quanto aos seus objetivos se define como descritiva e analítica. Usei as técnicas de observação participante do trabalho, entrevistas semiestruturada, diário de campo e questionário para levantar dados socioeconômicos e sobre o processo de produção. O estudo adota como principal conceito a divisão sexual do trabalho que busca mostrar a naturalização e hierarquização de papéis como elementos construídos socialmente e passíveis de mudança, além de evidenciar a configuração das relações de poder dos homens e das mulheres no universo do trabalho no mix casa/fabrico. Os resultados mostraram no que se refere à idade dos casais percebeu-se que as idades das mulheres variam, sendo uma de 29, duas de 34 e uma de 44 anos, já em relação aos homens se verificou que estão na faixa etária de 32 a 37. Os dados mostram que as mulheres entrevistadas possuem quase que a mesma escolaridade que os homens. Entretanto, a mais alta e a mais baixa escolaridade foi encontrada entre os homens. Em relação à remuneração percebe-se uma diferenciação entre as respostas dos e das entrevistadas, algumas delas colocam não saber o quanto recebem e nem com quanto contribuem para as despesas da casa, deixando nas entrelinhas que sua renda, o que gastam consigo mesmas e as despesas com a manutenção da família se resumem a uma coisa só. As configurações espaciais que abrigam o mix casa/fabrico diminuem o caráter de privacidade das famílias. O lugar de se morar tornou-se também o lugar de se trabalhar por força das circunstâncias econômicas e sociais que se instalou na região. Para homens e mulheres esta transformação trouxe consequências diversas. No mix casa/fabrico a não hierarquização das tarefas e atividades de trabalho pode se dever ao tipo de organização de micro empresa familiar e em domicílio, o que não quer dizer que mulheres e homens tenham condições iguais. A força de trabalho utilizada no processo de produção do mix casa/fabrico envolve além do casal, filhos/as e mais outros empregados/as. Destes, alguns são parentes em primeiro e segundo grau, reforçando assim o caráter de produção econômica de base familiar. Foi possível notar que 60% dos/as trabalhadores/as contratados/as são mulheres, o que confirma o predomínio da força de trabalho feminina no setor confecção. Fica nítido que o mix casa/fabrico invade o tempo e o espaço dos/as trabalhadores/as, principalmente dos membros da família, todo momento é hora de trabalhar. Espera-se que os resultados da pesquisa possam ser apropriados por outros pesquisadores e pesquisadoras como também pelas mulheres sulanqueiras na sua luta pela superação da desigualdade.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - PPGSS}, note = {Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - CCSA} }