@MASTERSTHESIS{ 2013:1483800748, title = {Resíduos sólidos em áreas de ocorrência de Eretmochelys imbricata e Chelonia mydas e suas implicações para conservação}, year = {2013}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/2832", abstract = "Resíduos sólidos erroneamente descartados produzem contaminação no meio ambiente. O lixo marinho é um dos principais problemas nos ambientes costeiros em todo o mundo, causando a morte de espécies da fauna. Esses resíduos podem afetar ao menos 267 espécies de animais marinhos em todo o mundo, incluindo 86% de todas as espécies de tartarugas marinhas. Características naturais da biologia das tartarugas marinhas tornam essas espécies ainda mais frágeis perante essa ação humana. As áreas de alimentação e anidação de tartarugas marinhas no litoral da Paraíba se encontram impactadas devido ao lixo com diversas origens, tais como aqueles advindos de atividades costeiras da população local e turistas; aquele aportado pela drenagem dos estuários (advindos de centros urbanos) e aqueles oriundos do descarte direto no mar por embarcações de turismo e de comércio. Esse tipo de impacto é potencialmente a causa de morte de centenas de indivíduos/ano de tartarugas marinhas. A ingestão, com subsequente obstrução do trato digestivo, desses materiais é a principal interação negativa observada. Buscando se há concordância entre o tipo de lixo aportado nas praias, áreas de alimentação e conteúdos gastrointestinais das tartarugas marinhas, o presente estudo visou quantificar e tipificar os resíduos sólidos encontrados nas praias, no mar e nos tratos gastrointestinais de tartarugas marinhas. Para tal foram realizadas coletas no mar e seis praias no estado da Paraíba e analisados 26 conteúdos gastrointestinais de tartarugas marinhas (de um total de 200 coletados), que apresentaram resíduos antrópicos. As coletas no mar foram feitas no Parque Estadual da Ilha de Areia Vermelha (PEMAV) e Picãozinho. Os resíduos sólidos presentes em conteúdos estomacais foram aqueles provenientes das coletas sistemáticas realizadas pela equipe da ONG-Guajiru de 2009 a 2012. Neste estudo foi coletado um total de 20.700 itens sendo 68,904 kg de lixo coletado - 13.210 itens nas praias, 8 nas áreas de alimentação e 7.482 nas tartarugas marinhas. O plástico correspondeu a 60,85% do total dos itens coletados representando 25,17% do peso total, seguido por matéria orgânica 10,13% e nylon com 9,85%. As praias com maior quantidade de lixo foram as com >50 mil habitantes com 6.080 itens (29,37%) do lixo total coletado e o conteúdo gastrointestinal das tartarugas marinhas apresentaram a maior quantidade de lixo do estudo com 7.482 itens (36,14%). De todas as tartarugas coletadas, 16 apresentavam CCC >35 cm e possuíam 3.649 itens plásticos em seu trato gastrointestinal, sendo 3.220 plásticos flexíveis e 429 plásticos rígidos. Esses dados podem ser utilizados para aplicações de planos de gerenciamento costeiro integrado, a fim de banir a presença de lixo no mar e a poluição dos oceanos. Os resultados demonstram que o lixo nas áreas de alimentação são de origem antrópica direta, devido aos visitantes, o lixo das praias apresentam sua origem da drenagem continental, descarte direto no mar por embarcações de turismo e de comércio e principalmente da população local e turistas, e que o lixo encontrado nas tartarugas não são apenas vindos do continente, mas um resultado de todos os tipos de aporte desses matérias no mar.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }