@MASTERSTHESIS{ 2016:1288790861, title = {Memórias de idosos quilombolas como recurso didático: escola básica do Quilombo de Matão – PB}, year = {2016}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2671", abstract = "A historiografia brasileira foi fundamentada em concepções eurocêntricas. Por muito tempo, a história dos afro-brasileiros e africanos foi silenciada no currículo escolar, principalmente a dos quilombolas. Mas, com a promulgação da Lei n. 10.639/2003 e suas diretrizes curriculares, iniciou-se, no contexto escolar, e em especial nos currículos das disciplinas de Geografia, História e Língua Portuguesa, o processo de inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”. Foi a partir desta lei que a ideia de diversidade étnico-racial passou a ser aceita com mais vigor como parte do processo de formação da sociedade brasileira. O referido dispositivo legal permitiu que pesquisas e trabalhos pedagógicos voltados à história e cultura quilombola no âmbito escolar passassem a ser mais intensificados. De tal modo que diferentes estudos realizados nas escolas do Brasil já revelam que a história e cultura quilombola têm provocado a criação de diferentes práticas pedagógicas pelos professores da educação básica. Contudo, ainda existem professores que têm dificuldade em desenvolver atividades pedagógicas capazes de inserir no currículo escolar a história e cultura de povos quilombolas. A partir desta constatação, este trabalho teve como objetivo principal auxiliar os professores da escola José Rufino dos Santos a desenvolver atividades pedagógicas que valorizem a história e cultura local a partir das memórias de idosos das décadas iniciais do século XX até as duas primeiras décadas do século XXI. Assim, no intuito de alcançar este objetivo, ministrei uma oficina intitulada Memórias de idosos quilombolas: práticas pedagógicas numa perspectiva de ressignificação identitária. Esta oficina foi construída a partir das necessidades dos docentes, visto que a maioria não é da comunidade e não teve oportunidade de estudar em suas formações docentes teorias e/ou práticas que pudessem ser úteis à inserção em seu fazer docente da valorização do povo quilombola. Para alcançar os resultados esperados, adotei como metodologia de pesquisa a história oral de caráter qualitativo, tendo como lócus de investigação e ação os professores e os moradores idosos do quilombo do Matão, localizado no município de Gurinhém, no agreste paraibano. Para tanto, realizei entrevistas com os professores, gestor e idosos da comunidade. Utilizei como referenciais teóricos para discutir questões da educação, currículo escolar, memória e identidade cultural as concepções dos seguintes autores: Paulo Freire, Vera Candau, Stuart Hall, Maurice Halbwachs, Walter Benjamin e E. P. Thompson. Em relação às concepções da história oral, destacam-se Verena Alberti e Lucilia Delgado. Os resultados desta pesquisa implicaram ações concretas, visto que a formação docente proporcionada na oficina foi fundamental para que sejam valorizadas a história e a cultura quilombola no cotidiano escolar. Pois, à medida que os professores compreendem ser importante desenvolver práticas pedagógicas que oportunizem a releitura das memórias quilombolas, estarão contribuindo com a ressignificação da identidade dos seus estudantes.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Profissional em Formação de Professores - PPGPFP}, note = {Centro de Educação - CEDUC} }