@MASTERSTHESIS{ 2012:1264642676, title = {Admirável Shakespeare novo: literatura, cinema e vídeo em Prospero’s Books de Peter Greenaway}, year = {2012}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2594", abstract = "A relação entre o cinema e a literatura é muito conhecida através do tempo e dos estudos teóricos comparativos. Em 1991, o inglês Peter Greenaway, diretor de filmes, disse em entrevista para uma importante revista americana que “o cinema não é uma desculpa para ilustrar a literatura”. Apesar disso, nós sabemos que a literatura vem se tornando, mais e mais, um objeto de inspiração para o cinema e a televisão. Dentre estes textos literários, nós temos muitos escritos por Shakespeare, renomado como o maior dramaturgo e poeta inglês. De acordo com Leão (2008), há mais de setecentas traduções de Shakespeare para o cinema e para a TV desde o século XIX. Peter Greenaway é um dos mais importantes pesquisadores da linguagem cinematográfica e de suas interfaces com diferentes meios, principalmente os digitais. De acordo com Barros (2007), as novas tecnologias fizeram-no repensar sobre a sua concepção de cinema e também o ajudaram a produzir um cinema de pesquisa. Philippe Dubois (2004) a Arlindo Machado (2004) propuseram uma concepção de vídeo centrada numa ideia de estágio, o qual o movimento cinético é definidor. O diálogo entre o cinema e o vídeo digital provoca muitas discussões interessantes relacionadas à estrutura da narrativa cinematográfica e a concepção visual de cinema. O filósofo francês Gilles Deleuze (2005), em seus estudos sobre cinema, classifica dois diferentes tipos de imagem: a imagem-movimento e a imagem-tempo. De acordo com Roberto Machado (2010), o que diferencia esses dois tipos de imagem é a relação que elas possuem, diretamente ou indiretamente, com o tempo. Baseado nisso, Deleuze observa estas imagens considerando-as partes importantes na divisão que fazemos entre cinema narrativo e não narrativo. Acreditando na ideia de um diálogo produtivo entre literatura, cinema e vídeo, nossa pesquisa tem como objetivo investigar, através de teorias intersemióticas e pautada nos estudos de Peirce (2008), Gilles Deleuze (1993 e 2005), Bentes (2004) e Gérard Genette (1980) dentre outros, como as inserções de vídeo no filme Prospero’s Books (1991), escrito e dirigido por Peter Greenaway e tradução da peça shakespeariana A Tempestade, apresentam-se sobrepostas à película cinematográfica. A partir dessas sobreposições, verificaremos como estas contribuem para uma releitura das teorias cinematográficas. Para isso, nós dividimos nosso trabalho em três diferentes partes. Na primeira parte, discutiremos sobre como as teorias acerca do vídeo tiveram início e sua relação com o cinema; na segunda parte, estaremos focados em discutir acerca da narração no cinema e sobre as diferenças entre um filme narrativo e um não-narrativo; na terceira parte, iremos analisar algumas imagens de Prosperos’s Books e observar como estas imagens constroem um filme não-narrativo.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Centro de Educação - CEDUC} }