@MASTERSTHESIS{ 2014:488276632, title = {Reflexões sobre o herói na literatura brasileira contemporânea: uma análise do romance O Cheiro do Ralo, de Lourenço Mutarelli}, year = {2014}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2526", abstract = "Explorando as encruzilhadas entre as diferentes linguagens artísticas e influenciado por autores como Dostoiévski, Kafka, Paul Auster, James Ellroy, Kurt Vonnegut, Ferréz, Valêncio Xavier e Glauco Matoso (alguns destes homenageados em O cheiro do ralo), Lourenço Mutarelli emerge na literatura brasileira do século XXI produzindo obras que, antes de provocar admiração e deleite, provocam estranhamento e inquietação. Seus romances, em geral, têm uma linguagem híbrida, herdada de sua produção como autor de histórias em quadrinhos, dramaturgo, ator e roteirista, muito marcada pela oralidade, pelas referências e reverências aos seus autores favoritos, pela cultura pop e popular, pelo crime, pela escatologia e pelo cenário urbano. Seus personagens, caracterizados pelo alheamento e pela sensação de dessentido da existência, refletem uma realidade que é cada vez mais comum na vida contemporânea: sujeitos fragmentados, desiludidos, desorientados e frustrados; homens que, incapazes de lidar com seus próprios sentimentos, recolhem-se num universo psicológico pautado na obscuridade e no individualismo doentio; narradores que ora se ocultam, como vemos em Nada me faltará, ora revelam suas mais escusas intimidades, como ocorre em O cheiro do ralo; heróis que, ao invés de virtudes, ostentam apenas vícios. Em nossa pesquisa, buscando conhecer as configurações do herói contemporâneo no romance O Cheiro do Ralo, de Lourenço Mutarelli, refletimos a respeito de suas idiossincrasias, bem como sobre de que modo este herói é retratado e que tipo de ser humano ele representa, questionamo-nos: Será que podemos chamar o protagonista sem nome d'O cheiro do ralo de herói? Se sim ou se não, por quê? Como se dá a caracterização desse herói? Que tipo de homem a narrativa pinta? Que traços (comportamentos, preferências, valores) dão mostras das várias dimensões constitutivas do suposto herói e de seu tempo? A fim de trabalhar estes questionamentos, desenvolvemos uma pesquisa de natureza bibliográfica com base em pressupostos qualitativointerpretativos, na qual, inicialmente, discutimos a questão do romance enquanto gênero (baseada em autores como Lucáks, Maingueneau e Watt) e o conceito de herói (para Campbell, Meletínski e Jung) que utilizamos. Nos capítulos dois e três, empreendemos uma análise detalhada da obra, frisando os momentos mais significativos da caracterização do herói e, no último capítulo, observamos estas características, principalmente a perversão (para Freud) e o individualismo, à luz da discussão sobre o contemporâneo ensejada por Agamben.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Centro de Educação - CEDUC} }