@MASTERSTHESIS{ 2016:651059398, title = {Uma leitura de jornada do herói em Grandes Artros Superman}, year = {2016}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2445", abstract = "O mitólogo comparativo, Joseph Campbell, descobriu que os mitos basicamente compõem a mesma história, recontada, ad eternum, em inumeráveis variações. Na obra, O Herói de Mil Faces (CAMPBELL, 2007), são compiladas suas convicções mais recorrentes sobre a tradição oral e a literatura escrita, chegando a um denominador comum: o monomito. Esse conceito pode ser compreendido nos termos da Jornada do Herói, revelando narrativas cíclicas, que podem ser empregadas tanto na compreensão de problemas humanos quanto como norteadoras da escrita criativa. Não por acaso, são também o sustentáculo que ampara o objeto de estudo do presente trabalho: a história em quadrinhos, Grandes Astros Superman (MORRISON; QUITELY, 2012). A estória em tela está estruturada em doze capítulos independentes que, quando lidos na íntegra, permite-se uma série de alusões a Jornada do Herói, bem como a manifestação de remitologizações do herói mítico clássico/tradicional. Com efeito, o objetivo geral é verificar de que maneira os três atos do monomito de Campbell - chamado, provas e retorno - estão ocultos no texto e ilustrações da história em quadrinhos de Grandes Astros Superman. Por meio de pesquisa bibliográfica, o trabalho está organizado em três capítulos e perpassa, de forma acessória, o estudo de Meletínski (2002) sobre arquétipos literários; as construções elencadas no ensaio O Mito do Superman, de Eco (2015); e os conceitos de modernidade líquida, trabalhado por Bauman (2001), e a noção de mitopoeta por Ribeiro (2013). Observa-se que o Superman se posta como herói moderno/contemporâneo e se diferencia do herói mítico clássico/tradicional; sendo que o primeiro se apresenta como um sujeito cujos atos de heroísmo são ressaltados pelos fatos da contemporaneidade, o dinamismo e a imprevisibilidade típica de produções romanescas; já o segundo, está preso a um vórtice temporal que estabiliza ou imobiliza-o frente a novas possibilidades. Assim, enquanto o herói mítico “é”, o herói moderno vive em meio a um “pode ser”. Por outro lado, chega-se ao discernimento de que nas histórias em quadrinhos, objetos simbólicos – como o traje do Superman – não são reservados tão somente a narrativa, mas acabam amplificando a manifestação emocional do leitor diante da materialização de imagens e imaginário. Outrossim, identifica-se que a noção de produtor cultural – roteirista ou artista ilustrador – nas histórias em quadrinhos se enquadra na classificação que Ribeiro (2013) confere ao mitopoeta. No que toca a proposta de leitura de Grandes Astros Superman, constata-se que o monomito de Campbell não é totalmente seguido à risca, no sentido sincrônico capitular da estória, evidenciando que a estrutura da Jornada do Herói não precisa necessariamente se apresentar com tanta precisão. Por fim, conclui-se que essa história em quadrinhos se estabelece dentro do padrão do monomito enquanto forma, mas não como fórmula, permitindo que seções e subseções sejam excluídas, acrescentadas e até embaralhadas, sem arrefecer o mito do herói.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Centro de Educação - CEDUC} }