@MASTERSTHESIS{ 2015:1919842416, title = {Leitura literária e deficiência visual no contexto das mídias digitais}, year = {2015}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2417", abstract = "O objetivo principal deste trabalho é formular uma base teórica que considere os processos envolvidos na leitura de uma obra literária, dentro das seguintes especificidades: realizá-la sem enxergar a palavra escrita, por meio de formato digital ou digitalizado do livro, através de voz sintetizada e elaborada por softwares leitores de tela que dão acesso sonoro ao que está grafado nas telas daqueles dispositivos capazes de proporcionar este tipo de acessibilidade, no contexto da experiência de vida da pessoa cega. Base esta que poderá ser desdobrada diante das inúmeras possibilidades resultantes da relação entre indústria cultural, livro, leitura e deficiência visual. Partimos, assim, da pressuposição deste acesso ao material literário enquanto prática de leitura a partir de uma perspectiva metodológica em torno de três eixos: a semiótica Pierciana, calcada em relações triádícas para compreender os processos de significação (o estímulo, a percepção e a interpretação); a abordagem risomática proposta por Deleuze e Guattari (1995), na qual o livro é entendido como agenciamento, sem objeto nem sujeito, mesmo uma máquina literária; e as perspectivas midiológicas presentes em Pierre Lévy (2004), Marshall Macluhan (2005) e outros. Procuramos esclarecer, primeiro, as relações entre pessoa cega e apreciação artística para, posteriormente, tratar da natureza da palavra descritiva e do potencial narrativo literários, de modo a estabelecer uma relação entre palavra, imagem e representação. Depois, coube-nos explicitar os aspectos maquínicos, não só dos meios tecnológicos em questão no ato da leitura por vias de leitores de tela, mas também explorar o potencial midiático da linguagem verbal e o seu papel no estabelecimento das significações possíveis entre sujeito cego e dispositivo dentro do ato da leitura. Consideramos, ainda, a leitura enquanto processo humano que perpassou tantos níveis, do oral ao escrito ao digital, para entender as razões pelas quais os conceitos tratam este ato como pressuposto da visão e tentar definir o papel dos leitores de tela neste panorama. Surgiu-nos, assim, o termo “audioleitura eletrônica”, provisoriamente, para distinguir melhor nosso objeto. Logo, procuramos elucidar o conceito de “audioleitura eletrônica”, afinal, por meio de um exemplo prático, isto é, uma experiência pessoal de leitura relatada a partir da vivência deste pesquisador, em três dispositivos que oferecem acessibilidade (um smartphone, um tablet e um computador pessoal), a fim de ilustrar as particularidades de leituras feitas em condições tão específicas, valendo-nos dos pressupostos oferecidos pela Estética da Recepção (ZILBERMAN, 1989) e, a partir das impressões suscitadas por este experimento, construir possibilidades de interpretações que considerem as tensões travadas entre os motivos, os meios e as competências em jogo durante a audioleitura eletrônica.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Centro de Educação - CEDUC} }