@MASTERSTHESIS{ 2013:111880977, title = {A saúde bucal de privados de liberdade em penitenciárias do Estado da Paraíba}, year = {2013}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2366", abstract = "A saúde bucal de indivíduos em privação de liberdade tem se apresentado de forma precária, como resultado da negligência com a saúde bucal, anteriormente a prisão, bem como pelos escassos serviços odontológicos prestados, quando no ambiente prisional. OBJETIVO: Avaliar a condição bucal de privados de liberdade, em penitenciárias do Estado da Paraíba, analisando a experiência de cárie dentária, perda dentária, o uso e a necessidade de reabilitação protética, bem como a utilização de serviços odontológicos. MÉTODO: Tratou-se de um estudo transversal, realizado em duas penitenciárias do Estado da Paraíba, no período de junho a agosto de 2012. A amostra, selecionada por conveniência, foi composta por 192 indivíduos, sendo 127 do sexo masculino (66,1%). O instrumento de coleta de dados foi elaborado a partir de uma adaptação, para a população em estudo, do formulário utilizado na Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil) de 2010. Foram utilizados os testes estatísticos Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher, e o Kruskal-Wallis. Para avaliar a associação entre as variáveis categóricas adotou-se o nível de significância de 5% (p<0,05) e IC95%. RESULTADOS: Na população feminina, a média geral da perda dentária foi de 11, 36 dentes, representando o componente do índice CPOD com a média mais elevada. Foi verificada associação significativa da perda dentária com a satisfação com a saúde bucal (p= 0,049), autopercepção da necessidade de uso de prótese (p < 0,001), incômodo ao escovar os dentes (p = 0,005), dificuldades em falar (p = 0,002) e dificuldades em realizar tarefas rotineiras (p = 0,025).Com relação ao uso e necessidade de prótese, verificou-se que 29,2% das presidiárias utilizavam algum tipo de prótese, todas consideradas inadequadas para uso, e que 78,5% das reclusas necessitavam de reabilitação protética. Quanto à utilização de serviços odontológicos, apenas uma das presidiárias afirmou nunca haver consultado um dentista durante toda a vida. Das que se consultaram, 71,9% realizou a última consulta odontológica há menos de um ano, com metade destas realizadas no presídio, e a extração dentária sendo o motivo da última consulta para 40,6% das consultadas. Na população masculina, o valor médio do índice CPOD foi de 19,72. Com relação aos seus componentes, observa-se que o componente cariado apresentou a maior média (11,06 ± 5,37), seguido dos componentes perdido (7,20 ± 7,23) e obturado (1,46 ± 2,45), respectivamente. Foi verificada associação estatisticamente significativa entre CPOD com o valor entre 22 a 32, e as variáveis satisfação com saúde bucal (p =0,002), dificuldade para falar (p=0,024), vergonha ao falar (p=0,004) e sorrir (p<0,001). Quanto a utilização de serviços odontológico, apenas dois presidiários afirmaram nunca haver consultado um dentista durante toda a vida. Dos que se consultaram, 80% realizou a última consulta odontológica há menos de um ano, com a maioria dos atendimentos ocorrendo no presídio (80%), sendo o tratamento restaurador (32%), seguido da dor odontogênica (26,4%) e exodontia (17,6%), os principais motivos destes atendimentos CONCLUSÃO: A condição bucal da população estudada revelou-se precária, com elevado número de dentes perdidos e com cárie não tratada, muito embora grande parte destes indivíduos tenha utilizado serviços odontológicos no último ano.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }