@MASTERSTHESIS{ 2011:124266285, title = {Doença renal crônica e fatores associados em hipertensos}, year = {2011}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2180", abstract = "A doença renal crônica (DRC) é considerada, no cenário mundial, um grave problema de saúde pública. O aumento da sua incidência e prevalência decorre do crescente número de hipertensos, diabéticos, bem como do envelhecimento da população pela maior expectativa de vida. O número de pacientes que estão em terapia renal substitutiva, como hemodiálise, vem aumentando consideravelmente. Isto traz como reflexo um grande gasto financeiro para o governo, piora da qualidade de vida dos indivíduos envolvidos e aumento da mortalidade, pois a doença renal é um fator de risco importante no surgimento das doenças cardiovasculares. Diante da necessidade de se entender mais acerca desta doença, para consolidar conhecimentos que sirvam de suporte para políticas de atenção ao paciente renal fundamentadas em diretrizes mais racionais, e principalmente que tratem a prevenção primária como a base para postergar ou talvez impedir o ingresso de tantos pacientes à diálise, surgiu motivação para realização desta pesquisa. Este estudo, do tipo transversal, foi realizado com hipertensos do Centro de Saúde da Bela Vista, cadastrados no Hiperdia, com idade mínima de 35 anos e máxima de 98 anos, através de uma amostragem aleatória. Participaram da pesquisa 160 hipertensos de um universo de 340 hipertensos. Os critérios de inclusão foram: idade acima de 35 anos e ser hipertenso por no mínimo 5 anos, e de exclusão: não ter doença renal preexistente. O objetivo foi estudar a DRC em estágios iniciais e fatores associados nestes indivíduos. Para o estudo da DRC foram realizados exames laboratoriais, sérico e urinário: creatinina sérica, proteinúria (relação proteína / creatinina) em amostra isolada de urina, bem como se calculou o clearance de creatinina, que corresponde ao grau de funcionamento renal, através da fórmula de Cockcroft-Gault (CG). Os referidos exames foram feitos no laboratório de análises clínicas (LAC) da UEPB. Além disso, foram levantados dados dos prontuários, bem como foi elaborado um formulário para entrevista. Após três meses os exames foram repetidos para definir o diagnóstico e classificar, em estágios, a DRC segundo os critérios do Kidney Disease Outcomes Quality Iniciative (K/DOQI). Foram avaliados aspectos sociodemográficos, hábitos de vida, clínicos, bem como adesão aos anti- hipertensivos. Após isso foram realizadas as análises estatísticas necessárias para avaliar a associação da DRC com os fatores estudados, sendo utilizados os testes de Qui-quadrado e o teste de Fisher. Em todas as análises foi considerado o nível de significância < 0,05. No presente estudo foi observada uma prevalência de DRC de 14,1%. Dos pacientes detectados como portadores de DRC nesta pesquisa foi observada uma maior prevalência do estágio III da DRC, bem como do sexo feminino. Verificou-se uma associação estatisticamente significante entre DRC e idade (p ≤ 0,001); pressão arterial sistólica (p ≤ 0,019); índice de massa corporal (IMC) nos hipertensos idosos (p ≤ 0,013), e o uso de anti-hipertensivos da classe IECA/BRA (p ≤ 0,005) e não uso de inibidores adrenérgicos (p ≤ 0,030). Diante desse contexto, constatou-se a importância de se rastrear a doença renal crônica nos grupos de risco, para poder ser reduzido o crescimento avassalador de pacientes em terapia renal substitutiva, através de estratégias que envolvem o treinamento dos profissionais de saúde e pacientes para o enfrentamento desta situação, e que utilizam exames de baixo custo, trazendo como reflexo redução dos gastos econômicos para o governo e melhora da qualidade de vida dos indivíduos de uma forma geral, colaborando efetivamente com políticas públicas de atenção ao paciente renal focadas na prevenção primária como pilar de sustentação.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Mestrado em Saúde Pública}, note = {Saúde Pública} }