@MASTERSTHESIS{ 2013:1698883335, title = {Prevalência, fatores associados e impacto da má oclusão na qualidade de vida de pré-escolares de Campina Grande-PB}, year = {2013}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2086", abstract = "A má oclusão na dentição decídua pode ser considerada um problema de saúde pública, pois apresenta alta prevalência e necessidade de tratamento, além de causar impacto social. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência, os fatores associados e o impacto da má oclusão na qualidade de vida de pré-escolares de três a cinco anos de Campina Grande-PB. Foi um estudo do tipo transversal de base populacional conduzido com uma amostra aleatória de 732 pré-escolares assistidos em pré-escolas públicas e privadas de Campina Grande-PB, Brasil. Os pais/responsáveis responderam a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS) e um questionário com dados sóciodemográficos. O B-ECOHIS foi aplicado para avaliar a percepção dos pais/responsáveis sobre a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de suas crianças. O exame oral das crianças foi realizado por três cirurgiões-dentistas previamente calibrados, com grau de concordância intra e inter-examinador variando de 0.85 a 0.90. O exame clínico da má oclusão avaliou aspectos relativos ao overbite, overjet e mordida cruzada posterior, de acordo com os critérios de Foster e Hamilton (1969) e Grabowski et al. (2007). Análise bivariada e regressão de Poisson foram realizadas (α=5%). A prevalência de má oclusão foi de 62.4%. Os tipos mais frequentes foram o overjet aumentado (42.6%), a mordida aberta anterior (21%) e o overbite aumentado (19.3%). Foi observada associação entre a má oclusão e a idade, com maior prevalência entre as crianças de três anos de idade (PR=1.116; 95%CI=1.049-1.187). A mordida aberta anterior foi significativamente associada à idade de três anos (PR=1.376; 95%CI 1.236-1.532), à escola pública (PR=1.085; 95%CI 1.001-1.175) e ao tempo de sucção de chupeta ≥36 meses (PR=1.426; 95%CI 1.315-1.546). A mordida cruzada posterior foi associada ao uso de chupeta (PR=1.112; 95%CI 1.057-1.170) e ao tempo de amamentação natural <12 meses (PR=1.050; 95%CI 1.003-1.100). A prevalência de impacto negativo das condições bucais na qualidade de vida foi de 27.6% na seção da criança e 22.3% na seção da família. A má oclusão não foi associada ao impacto negativo na qualidade de vida. A escolaridade materna (PR=1.397; 95%CI: 1.119-1.744), a percepção dos responsáveis sobre a saúde bucal da criança (PR=1.977; 95%CI: 1.540-2.538), a história de dor de dente (PR=3.799; 95%CI: 2.303-6.266) e a visita ao cirurgião-dentista (PR=0.600; 95%CI: 0.374-0.962) permaneceram no modelo final na seção da criança. Entretanto, na seção da família apenas a percepção dos pais sobre a saúde bucal da criança (PR=2.243; 95%CI: 1.650-3.048) e a história de dor de dente (PR=2.345; 95%CI: 1.735-3.170) permaneceram no modelo final. Em conclusão, os achados do presente estudo verificaram que a má oclusão afeta pré-escolares independente do status socioeconômico familiar. O aleitamento materno deve ser estimulado por longos períodos e o uso da chupeta representa risco para ocorrência da mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior, especialmente para a mordida aberta anterior se persistir por mais de três anos. Embora a prevalência de má oclusão na dentição decídua tenha sido alta, esta alteração não afetou negativamente a qualidade de vida dos pré-escolares e seus familiares no município de Campina Grande-PB.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Mestrado em Odontologia}, note = {Epidemiologia e Promoção de Saúde} }