@MASTERSTHESIS{ 2006:680553705, title = {MIGRÂNEAS E CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL CRÔNICA: ABORDAGEM DIAGNÓSTICA POR MÉDICOS NÃO-NEUROLOGISTAS.}, year = {2006}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1787", abstract = "Foram entrevistados médicos pertencentes a uma Cooperativa de Serviços Médicos, na cidade de Campina Grande, com o objetivo de investigar a acurácia diagnóstica desses profissionais frente a casos clínicos de cefaléia primária, além de apreciar seus conhecimentos sobre a classificação das cefaléias e condutas quanto à solicitação de exames e indicações terapêuticas. Metodologia: Utilizou-se o método de observação direta extensiva através da aplicação de questionário. Foram apresentadas a todos os médicos entrevistados três histórias clínicas, fictícias, reproduzindo quadros de cefaléias primárias freqüentes, a saber: migrânea com aura (MCA), migrânea sem aura (MSA) e cefaléia do tipo tensional crônica (CTTC), seguindo os critérios da Classificação Internacional das Cefaléias, 2ª. Edição (IHCD-II), em 2003, elaborados pelo Subcomitê de Classificação das Cefaléias da Sociedade Internacional de Cefaléia (IHS). Foram contatados 173 médicos, de um total de 462 cooperados, dos quais 91 aceitaram participar do estudo. Resultados: Eles eram 51 homens (56%) e 35 mulheres (38,5%), cinco (5,5%) não identificaram o gênero. A idade variou entre 27 e 70 anos (44,8 + 09 anos). Eles tinham entre três e 46 anos de formados (21,4 + 8,2 anos). 67 (73,6%) afirmaram ter feito residência médica. Os médicos entrevistados atuavam nas mais diversas especialidades. Em relação ao índice de acerto diagnóstico, no exemplo de MSA, 60 participantes (66,2%) identificaram o quadro como migrânea, enquanto apenas dois (2,2%) identificaram o subtipo MSA e dois (2,2 %) sugeriram tratar-se apenas de cefaléia. No caso clínico de MCA, 25 (27,5%) disseram tratar-se de quadro de migrânea e apenas um (1,1%) respondeu ser MCA. Quanto ao diagnóstico de CTTC, 12 (13,2%) reconheceram tratar-se de cefaléia tensional, não houve acerto diagnóstico no subgrupo CTTC, e dentre outras possibilidades diagnósticas as mais citadas foram: migrânea 36 (39.6%), cefaléia secundária a hipertensão arterial sistêmica 12 (13,2%) e cefaléias ocasionadas por processo expansivo cerebral seis (6,6%). Nos três casos clínicos, a maior parte dos profissionais pesquisados 79 (86,8%) no exemplo de MSA, 74 (81,3%) nos casos de MCA e 71 (78%) no exemplo de CTTC - não solicitaria exames complementares. Quanto ao tratamento: 77 médicos (84,6%) no caso de MSA, 80 (87,9%) no caso de MCA e 67 (73,6%) no caso de CTTC, optaram por não tratar. Preferiram encaminhar ao neurologista: 67 médicos (73,6%) para MSA, 78 (85,7%) para MCA e 59 (64,8%) para CTTC. 65 (71,4%) dos entrevistados afirmaram desconhecer os critérios diagnósticos da IHS para cefaléias primárias. Conclusão: O diagnóstico inicial mais freqüente foi migrânea, comumente usado para identificar qualquer tipo de cefaléia, sem, contudo identificar seus subgrupos. A cefaléia do tipo tensional foi subdiagnosticada, freqüentemente sendo confundida com quadros de migrânea, a despeito de ser o tipo mais prevalente de cefaléia primária. A maioria (p<0,05) dos médicos não solicita exames complementares para portadores de cefaléia e prefere encaminhá-los ao especialista, optando por não tratar. Esses resultados demonstram a falta de informações por parte dos médicos entrevistados sobre os critérios diagnósticos para os diversos tipos de cefaléias primárias.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Mestrado Interdisciplinar em Saúde Coletiva}, note = {Promoção da Saúde} }