@MASTERSTHESIS{ 2012:2458931, title = {Ocorrências de cianobactérias em reservatórios de bacias hidrográficas do Estado da Paraíba}, year = {2012}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/1721", abstract = "O agravamento do processo de degradação ambiental tem restringido cada vez mais o acesso a recursos naturais de qualidade, sobretudo em relação à água com características idôneas à potabilidade. Áreas geográficas específicas, como as regiões semiáridas nordestinas, têm seus já parcos recursos hídricos impactados pelo desequilíbrio de ordem antrópica. Em função desse impacto humano e da própria dinâmica climática, ocorre um incremento nos níveis de fósforo e nitrogênio dentro dos ambientes aquáticos, que resulta no que chamamos de eutrofização. O processo aludido tem como produto mais danoso a multiplicação de organismos indesejáveis, sobretudo cianobactérias potencialmente tóxicas. Esse desequilíbrio populacional no fitoplâncton acarreta na produção de substâncias potencialmente tóxicas: as cianotoxinas. Tais toxinas podem ser assimiladas pelos seres humanos através do consumo de animais integrantes de uma cadeia trófica contaminada ou através do consumo de água de ambientes contaminados. Dentro desse contexto, o presente estudo se propõe a uma análise dos principais mananciais de abastecimento público do Estado da Paraíba, com o objetivo de verificar a qualidade da água de acordo com padrões de potabilidade requeridos no que concerne às cianotoxinas. Foram realizadas coletas no ano de 2008 nos períodos de seca (janeiro a abril) e chuva (maio a julho), na região lacustre (subsuperfície) de vinte e três reservatórios do Estado da Paraíba, sendo divididos em cinco bacias hidrográficas (Rio Piranhas, Paraíba, Taperoá, Mamanguape, e Gramame). A temperatura da água e o oxigênio apresentaram-se elevados em todos os reservatórios, nos dois períodos de estudo. A alcalinidade, no período seco, apresentou diferenças significativas ao longo das bacias hidrográficas; já no período de chuvas, os valores desse parâmetro decaíram. O nitrogênio inorgânico total, no período seco, apresentou valor abaixo da média observada no período de chuvas, sendo este último, relacionado à entrada deste nutriente nos reservatórios. O fósforo solúvel reativo apresentou concentrações médias muito semelhantes nos dois períodos; já o fósforo total apresentou concentração mais elevada no período de chuvas que no período seco. A comunidade fitoplanctônica dos vinte e três reservatórios amostrados constituíram-se de 181 táxons distribuídos em 9 classes. A classe Chlorophyceae contribuiu com maior número de espécies, nos dois períodos climáticos, porém, em termos de abundância, as cianobactérias dominaram a comunidade fitoplanctônica em 16 dos 23 reservatórios amostrados, sendo o número de indivíduos superior ao limite estabelecido pela OMS. Nos dois períodos foram identificadas a presença de espécies de algas potencialmente produtoras de toxinas, sendo detectado, no período seco, microcistina em 55% dos reservatórios. Destes, apenas 15% apresentaram valores abaixo de 1 µg/L; no período de chuvas, 20% dos reservatórios apresentaram elevados valores de microcistina na água. Em todos os reservatórios deste estudo, os dados de fósforo total e nitrogênio total, revelaram ambientes eutrofizados, com ocorrências de algas potencialmente tóxicas em quase todos os corpos d água, e com presença elevada de microcistina em 40% dos açudes, no período seco, e em 20% dos açudes, no período chuvoso, o que se faz necessário que medidas sejam tomadas no tocante a remediação destes açudes.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental - MCTA}, note = {Tecnologia Ambiental} }