@PHDTHESIS{ 2024:794833325, title = {O genocídio ruandês e as estratégias de resistência à dominação em narrativas de Scholastique Mukasonga}, year = {2024}, url = "http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5038", abstract = "Durante o Genocídio em Ruanda, ocorrido em abril de 1994, mais de 800 mil tutsis, chamados e considerados como baratas, foram assassinados brutalmente pelos hutus em cerca de 100 dias de massacre, orquestrado, muito tempo antes, por colonizadores e pessoas mentalmente colonizadas, produtos da ação nefasta de potências europeias no país. Esse contexto propiciou a autora Scholastique Mukasonga recorrer à Literatura como uma forma de prestar as honras fúnebres aos seus mortos insepultos. Escrever permitiu a perlaboração do luto interdito aos sobreviventes. Intermediado pela escrita literária, a autora narrou a memória dos que foram dizimados, emprestando-lhes a voz. A metaficção historiográfica possibilitou um caminho para a autora construir narrativas, por uma perspectiva de olhar crítico sobre o passado. Esta pesquisa, de caráter qualitativo, objetiva traçar análises das três primeiras narrativas da ruandesa traduzidas para o português e publicadas no Brasil: Baratas (2018), A mulher de pés descalços (2017) e Nossa Senhora do Nilo (2017)). A literatura foi e é utilizada pela ruandesa Mukasonga, para dizer do processo de genocídio ocorrido em Ruanda, enfatizando as personagens femininas, enfatizando as relações de dominação e de resistência estabelecidas. Para embasar nossas análises, lançamos mão de reflexões sobre Literatura, História, memória e resistência, tendo como alicerce as postulações de alguns autores, com destaque para Primo Levi (2013), (2022), Sarlo (2007), (2016) e Seligmann-Silva (2008), Candau (2011), Gomes (2011), Cortázar (2018), Figueiredo (2022) dentre outros. Ademais, para evidenciar a importância da Literatura produzida por mulheres, tomamos como base discussões propostas por autores, como Lerner (2019), Padilha (2014), Kilomba (2019), Saffioti (2015), Perrot (2017) leituras providenciais para identificação das personagens femininas, nas obras analisadas. Essas, apesar de estarem inseridas em uma conjuntura de opressão e violação de direitos, encontraram distintas e necessárias formas de resistência à dominação, em algumas situações. As narrativas de Mukasonga funcionam como um grito de denúncia contra a negação e o esquecimento, ao recorrer ao texto literário para recuperar as figuras postas à margem pelo processo de genocídio.", publisher = {Universidade Estadual da Paraíba}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI}, note = {Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP} }