Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5015
Tipo do documento: Dissertação
Título: A marcha pela vida das mulheres e pela agroecologia: um diálogo interseccional com as mulheres negras
Título(s) alternativo(s): The march for women’s lives and agroecology: an intersectional dialogue with black women
Autor: Santos, Rosa Maria Dias da Costa 
Primeiro orientador: Aragão , Patrícia
Primeiro membro da banca: Silva, Edil
Segundo membro da banca: Lima, Elizabeth
Terceiro membro da banca: Aragão, Patrícia
Resumo: Esta dissertação possui como temática central a interseccionalidade na Marcha pela vida das mulheres e pela Agroecologia na perspectiva das mulheres negras que compõem o movimento de mulheres do Polo da Borborema. Ademais, teve como foco central a compreensão do lugar social e de luta e resistência das mulheres negras na Marcha a partir das histórias de vida e de luta dessas mulheres, e a experiência delas dentro do movimento coletivo de trabalhadoras rurais do Polo da Borborema. Deste modo, o objetivo geral do presente estudo é compreender, com base nas narrativas das mulheres negras participantes da Marcha, como o movimento aborda a interseccionalidade e estabelece a articulação entre o gênero, raça/etnia e classe nas suas discussões. Neste sentido, inserimos a discussão no campo do feminismo negro, particularmente nos estudos de gênero e relações de poder, Direitos Sociais e Humanos e Serviço Social enquanto análise das expressões da questão social que afetam essas mulheres a partir do entrecruzamento dos marcadores de opressão de classe, gênero e raça, também sendo explorado no percurso metodológico, o feminismo popular camponês. O texto foi referenciado a partir das obras de teóricas feministas negras, a exemplo de Bell Hooks (1984; 2015; 2019), Lélia Gonzales (1984), Sueli Carneiro (2003), Carla Akotirene (2019), Kimberlé Crenshaw (2002) e Patrícia Hill Collins (2017). A pesquisa qualitativa desenvolveu-se a partir do estudo de caso e da metodologia da história oral de vida e teve como instrumentos, além das fontes documentais, a exemplo das fotografias, os depoimentos colhidos nas entrevistas semiestruturadas realizadas com as mulheres negras que participam da Marcha pela vida das mulheres e pela Agroecologia. Quanto aos dados coletados nas entrevistas, procedeu-se uma análise de conteúdo, conforme disposto na obra de Laurence Bardin. As colaboradoras da pesquisa são mulheres negras e trabalhadoras camponesas que participam da Marcha, escolhidas em articulação com o movimento de mulheres do Polo da Borborema, em reunião destinada a esse fim. As mulheres possuem entre 19 anos a 57 anos de idade e são residentes nos municípios de Esperança, Montadas, Queimadas e Remígio. Observou-se, a partir das narrativas das interlocutoras da pesquisa, que a Marcha pela vida das mulheres e pela Agroecologia se insere numa perspectiva interseccional, pois compreende as particularidades das opressões sofridas pelas mulheres negras a partir do entrecruzamento das relações de gênero, classe e raça e que historicamente posicionam essas mulheres em posições subalternas em relação aos homens negros e às mulheres brancas. A conclusão obtida foi atingida com base nas narrativas das interlocutoras e nos materiais lúdicos analisados, a exemplo das canções entoadas no movimento que consagram a resistência das mulheres pretas.
Abstract: This dissertation has as its central theme intersectionality in the March for women's lives and Agroecology from the perspective of black women who make up the women's movement at Polo da Borborema. Furthermore, its central focus was to understand the social place and struggle and resistance of black women in the March, based on the life stories and struggles of these women, and their experience within the collective movement of women workers. from rural areas of the Polo da Borborema. Thus, the general objective of the present study is to understand, based on the narratives of black women participating in the March, how the movement approaches intersectionality and establishes the articulation between gender, race/ethnicity and class in their discussions. In this sense, we insert the discussion in the field of black feminism, particularly in the studies of gender and power relations, Social and Human Rights and Social Service as an analysis of the expressions of the social issue that affect these women from the intersection of markers of oppression of class, gender and race, also being explored in the methodological path, popular peasant feminism. The text was referenced based on the work of black feminist theorists, such as Bell Hooks (1984; 2015; 2019), Lélia Gonzales (1984), Sueli Carneiro (2003), Carla Akotirene (2019), Kimberlé Crenshaw (2002) and Patricia Hill Collins (2017). The qualitative research was developed from the case study and the oral life history methodology and had as instruments, in addition to documentary sources, such as photographs, testimonies collected in semi-structured interviews carried out with black women who participated in the March for women's life and Agroecology. As for the data collected in the interviews, a content analysis was carried out, as set out in the work of Laurence Bardin. The research collaborators are black women and peasant workers who participate in the March, chosen in conjunction with the Polo da Borborema women's movement, in a meeting dedicated to this purpose. The women are between 19 years old and 57 years old and are residents of the municipalities of Esperança, Montadas, Queimadas and Remígio. It was observed from the narratives of the research interlocutors that the March for women's lives and Agroecology is part of an intersectional perspective, as it understands the particularities of the oppressions suffered by black women from the intersection of gender, class and race relations and which historically position these women in subordinate positions in relation to black men and white women. The conclusion obtained was reached based on the narratives of the interlocutors and the playful materials analyzed, such as the songs sung in the movement that enshrine the resistance of black women.
Palavras-chave: Mulheres negras. Interseccionalidade. Marcha pela vida das mulheres e pela Agroecologia. História Oral.
Área(s) do CNPq: SERVICO SOCIAL::SERVICO SOCIAL APLICADO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Estadual da Paraíba
Sigla da instituição: UEPB
Departamento: Centro de Ciências Sociais e Aplicadas - CCSA
Programa: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - PPGSS
Citação: SANTOS, Rosa Maria Dias da Costa Santos. A marcha pela vida das mulheres e pela agroecologia: um diálogo interseccional com as mulheres negras. 2024. 161f. Dissertação (Mestrado de Serviço Social) .Programa de Pós-Graduação em Serviço Social - PPGSS . Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande. 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5015
Data de defesa: 22-Mai-2024
Aparece nas coleções:PPGSS - Dissertações

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Rosa Maria Dias da Costa Santos.pdfRosa Maria Dias da Costa Santos2.44 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar
Termo_de_Deposito_BDTD_Rosa Maria Dias da Costa Santos.pdfTermo de deposito214.5 kBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar    Solictar uma cópia


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.